Sindicatos de Arcor se mobilizam
Dentro do plano de luta dos
sindicatos de trabalhadores da
Arcor, de várias províncias
argentinas, hoje dia 23,
ocorrerá uma mobilização em
frente à empresa, na cidade de
Buenos Aires. Sirel dialogou com
Héctor Morcillo,
secretário-adjunto da Federação
de Trabalhadores da Indústria da
Alimentação (FTIA).
-Qual o motivo
desta mobilização?
-A mobilização
surgiu quando os doze sindicatos
da alimentação, que representam
o Grupo Arcor na
Argentina, solicitaram um
abono adicional de 400 pesos
argentinos, (130 dólares
aproximadamente) sobre os
salários estabelecidos pelo
convênio coletivo de trabalho.
Após várias reuniões com a
empresa, não se chegou a um
acordo pois a Arcor
propõe modificar o prêmio de
“assiduidade perfeita”, que o
trabalhador perde se faltar ao
trabalho -mesmo sendo por
doença. Ou seja, se converte em
um prêmio à escravidão.
Os sindicatos
rejeitaram esta proposta e, na
falta de uma resposta que
satisfaça nossos pedidos,
lançaram este plano de luta e
mobilização que começou na
semana passada e consistiu
primeiramente na realização de
assembléias nas portas das
fábricas, com mais de dez horas
de duração, em quase todas as
Províncias. Continuou com
algumas atividades em Córdoba,
na sexta-feira, e hoje é
retomada a mobilização em Buenos
Aires, onde esperamos convocar
uma quantidade importante de
companheiros que virão de todo o
interior do país,
fundamentalmente os delegados e
corpos orgânicos dos sindicatos,
que se unirão aos companheiros
da Capital e da Província de
Buenos Aires.
Este plano de
luta foi traçado assim porque
consideramos que a Arcor
é uma empresa que cresceu e que
não pode continuar pagando os
mesmos salários que uma
Pymes paga.
-Qual é a média
salarial?
-O salário médio
deve estar em 1.700 pesos
argentinos (550 dólares
aproximadamente), isto tendo dez
anos de antigüidade. A cesta
básica, levando em consideração
as condições mínimas de vida que
um grupo familiar precisa para
subsistir, é maior que 2.500
pesos argentinos (800 dólares
aproximadamente).
-No caso de não
ser alcançado um acordo, quais
serão as ações a seguir?
-Aprofundaremos
as medidas de luta. Estaremos
avaliando a situação
constantemente e, após a
mobilização de hoje, haverá uma
reunião com os sindicatos de
todas as filiais, quando
decidiremos o plano de luta a
seguir.
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