O Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD),
do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lançou a
publicação "PIB da Agricultura Familiar". O estudo analisa a
contribuição desse segmento para a riqueza nacional e revela
diferenças entre as regiões do País quando analisa a geração
de riqueza.
De 1995 a 2005, a produção da agricultura familiar
representou cerca de 10% do produto interno bruto (PIB) do
país. Esse número demonstra a importância econômica do
setor. A região Sudeste, por exemplo, é responsável por 55 %
do PIB nacional e 24% do PIB da agricultura familiar. Em
2004, o PIB da categoria a nível nacional atingiu 181
bilhões de reais, desse total, 80 bilhões de reais estavam
concentrados na região Sul.
Segundo o coordenador do Nead, Carlos Guedes, o desempenho
do setor é bastante positivo. Um exemplo é o estado do Pará:
mesmo com grande concentração de terras, a agricultura
familiar paraense consegue manter o mesmo índice de
crescimento da agricultura patronal. "Nos momentos de
expansão, pode até ser que a agricultura familiar não cresça
tão significativamente, mas ela consegue manter essa
estabilidade de renda no campo que é fundamental para um
projeto de desenvolvimento do País".
A pesquisa foi feita em todo o Brasil e utilizou o censo
agropecuário de 1995 e 1996 para comparar a evolução da
agricultura familiar. Atividades como a fruticultura e a
pecuária leiteira se destacam na pesquisa. Para Guedes esses
números reforçam a importância do setor
O estudo é resultado de uma cooperação entre o NEAD e a
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade
de São Paulo (Fipe-USP) e foi elaborado por vários
pesquisadores e coordenado por Joaquim Guilhoto. Os autores
analisaram todos os aspectos da cadeia produtiva da
agricultura familiar, desde a produção até a distribuição e
comercialização. O lançamento oficial aconteceu durante a
Feira Nacional da Agricultura Familiar e em breve estará
disponível nos sites do MDA e do Nead.
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