Entre os
dias 8 e 9 de maio ocorreu na cidade de Araraquara,
São Paulo, a apresentação resumida dos resultados parciais
de uma pesquisa sobre a “Ausência de sustentabilidade do
etanol brasileiro. Subvenções públicas dirigidas ao setor
sucroalcooleiro no Brasil”.
A iniciativa da
pesquisa foi da Federação de Empregados Rurais Assalariados do Estado de São
Paulo (FERAESP), da Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação
(CONTAC), da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA) e da
Rel-UITA. O resultado será publicado antes do fim do ano e será
apresentado em uma atividade central pelas quatro instituições.
A tarefa está
sendo realizada por especialistas e pesquisadores de diversas organizações e
instituições como a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), a
Universidade de Campinas (UNICAMP) e a Universidade de Araraquara (UNIARA),
as três universidades mais importantes do estado de São Paulo.
Durante as duas
jornadas de trabalho, foram apresentadas 16 exposições sobre temas como “Impacto
do etanol no mercado e as condições de trabalho”, “Concentração fundiária”,
“Situação dos trabalhadores da cana-de-açúcar”, “O complexo
sucroalcooleiro e o ambiente”, entre outros.
As conclusões
preliminares da pesquisa permitem antecipar um balanço negativo da monocultura
da cana-de-açúcar para a produção de etanol, que se expressa em um maior
deslocamento da agricultura familiar, na deterioração da qualidade do trabalho,
das remunerações e das condições de trabalho dos trabalhadores da cana-de-açúcar
e dos trabalhadores da própria indústria, com graves conseqüências para o
ambiente e em uma crise sem precedentes da segurança e da soberania alimentar.
Além disso, estima-se que a situação se agravará como conseqüência da demanda
crescente do biocombustível a nível global.
O encontro contou
com a presença de Juliano de Carvalho Filho, da ABRA; Elio
Neves, presidente da FERAESP e Gerardo Iglesias, secretário
regional da Rel-UITA.
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