Pela primeira vez, o consumo de agrotóxicos nas lavouras
brasileiras atingiu a marca de 1 milhão de toneladas em um
único ano.
Todo esse volume foi comercializado em 2009 e teve um
crescimento de pouco mais de 7,5%, em relação ao ano de
2008.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos
para a Defesa Agrícola (SINDAG), os herbicidas foram
os mais vendidos em 2009, representando 60 por cento do
mercado de agentes químicos.
Na produção da soja, foram utilizadas quase 130 mil
toneladas de fungicidas, o que permitiu um faturamento de
US$ 1,8 bilhão para o setor.
O ambientalista
Henrique Cortez
defende o uso responsável de agentes químicos e um novo
modelo de desenvolvimento, focado na promoção da
agroecologia.
“Tem que ter uma visão estratégica do desenvolvimento, que
não é esse modelo que temos hoje. Pode mudar se começarmos a
investir em processos agro-ecológicos, se a produção
agrícola ficar mais responsável, se a agricultura orgânica
for incentivada, subsidiada. Portanto, é uma decisão
política que pouca gente teria coragem de tomar.”
Durante a safra 2009/2010, os solos cultivados no Brasil
receberam 22 quilos de agrotóxicos por hectare.
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