Soja transgênica tem resíduos de
agrotóxico acima do permitido |
O engenheiro agrônomo Valdir Izidoro Silveira,
presidente da Empresa Paranaense de Classificação (Claspar),
denunciou nesta terça-feira (24), durante a reunião
da Escola de Governo, que
parte
da produção de soja transgênica no Paraná apresenta
resíduos de glifosato acima do permitido pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Segundo Izidoro, isso representa
conseqüências graves para a saúde humana e para a
economia paranaense. “Das
150 amostras de soja referentes à safra 2006, foram
detectados resíduos de glifosato em mais de 70%.
As amostras foram coletadas pelos Engenheiros
Agrônomos da Divisão de Fiscalização de Insumos da
Secretaria da Agricultura e do Abastecimento”,
afirmou.
Izidoro
destacou que cerca de
5% das
amostras de grãos de soja transgênica estavam com resíduos
acima do permitido pela Anvisa, que é de 10 mg/kg de grãos
de soja. “As amostras indicaram resultados em excesso
apresentando teores entre 14,44 a 36,00 mg/kg. de resíduos
de glifosato.”
Relatório da Secretaria da Agricultura, segundo
lembrou, “registra
que a estimativa da safra – 5,8 milhões de toneladas
de soja transgênica – indica que 5% dessa produção
está contaminada com glifosato + AMPA – significando
que cerca de 290 mil toneladas de soja estão com
quase 2.900 kg do princípio ativo do glifosato +
resíduo AMPA.”
O presidente da Claspar alertou que “o
quadro é de extrema gravidade, já que a Secretaria
da Agricultura detecta aumento global de 97,15% de
resíduo de glifosato em grãos de soja transgênica
entre 2003 e 2006, revelando que a utilização do
agrotóxico em larga escala contribuirá
significativamente também para a contaminação do
solo e com reflexos negativos na biodiversidade
paranaense”.
Saúde
O agrônomo Izidoro Silveira ressalta também
que “o excesso de resíduos de glifosato representa
sério risco para a saúde humana.
Com
base no relatório da Secretaria, pode-se afirmar que
a população paranaense está consumindo quase 3
toneladas de ingrediente ativo do glifosato. E
também é preocupante para a nossa economia, no que
se refere a eventuais restrições que os países
importadores poderão impor ao Brasil, devido aos
altos índices de contaminação encontrados”.
Transgenicos
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Tomado de transgenicos.pr.gov.br
25 de junio
de 2007
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