A CONTAG
participou de uma reunião no Ministério do Desenvolvimento Agrário
na segunda-feira 5 de maio, para tentar fechar uma contraproposta de
renegociação de dívidas agrícolas. O governo apresentou uma proposta
de renegociação no dia 25 de março, mas, segundo a entidade, ela não
atende as necessidades dos agricultores familiares.
Desde então, a
CONTAG vem tentando construir um espaço de diálogo para que o
pacote de renegociação seja alterado e traga diferenciação nas
regras para a agricultura familiar e a patronal.
Para o
presidente da CONTAG, Manoel dos Santos, houve um
retrocesso na forma como foi desconsiderada esta diferenciação.
"Apelamos para que o governo corrija os equívocos apontados,
retomando a prioridade para a agricultura familiar, definindo um
calendário específico de negociação com os movimentos sociais e
recebendo e dando respostas justificadas paras as demandas
apresentadas. Trata-se de, legitimamente, encontrar soluções
necessárias para o desenvolvimento da agricultura familiar e da
reforma agrária", afirma.
A CONTAG
já apresentou mês passado uma contraproposta que contempla 3 pontos
centrais, entre eles, o estímulo para a liquidação antecipada de
todas as dívidas acumuladas da agricultura familiar. Individualizar
as operações com aval cruzado e reduzir a amortização mínima para
prorrogação de dívidas também estão entre as reivindicações.
Caso não haja
acordo, a reivindicação será cobrada na rodada de negociações entre
o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR)
e o governo durante o Grito da Terra Brasil 2008.