Carlos Brito
Diretor Presidente da InBev |
A
cervejaria belgo-brasileira
InBev1
registrou durante
2006 um incremento de 56 % no seu lucro líquido em comparação com o ano
anterior.
A
empresa belgo-brasileira registrou, durante 2006, um incremento de 56 %
no seu lucro líquido em comparação com o ano anterior, alcançando uma
cifra nada desprezível de 1.411 milhões de euros (1.860 milhões de
dólares). Segundo acaba de anunciar a companhia, seu lucro bruto subiu
11,3 %, ao passar de 6.574 milhões de euros (8.652 milhões de dólares),
em 2005, para 7.831 milhões de euros (10.307 milhões de dólares), em
2006.
A
InBev declarou, em 2006, um volume total de produção de 246,5
milhões de hectolitros, o que significa um incremento de 5,9 % em
comparação ao ano anterior. Desse total, 211,6 hectolitros foram de
cerveja (5,5 % de aumento) e 34,9 hectolitros de refrigerantes (8,9 %
de aumento).
O
volume cresceu em todos os países onde a InBev opera, com exceção
da Europa Ocidental onde houve uma redução de 0,5 %. O
maior crescimento foi constatado na Europa Central e Oriental com
12,3 % e em segundo lugar aparece a América Latina com
6,7%, seguida da Ásia e do Pacífico com 4,6% e da
América do Norte com 2,3%.
Com
relação às suas marcas mais representativas, a brasileira Brahma
cresceu, durante o ano passado, 3,5 % e a belga Stella Artois
1,5%.
Estes
resultados foram comentados pelo engenheiro mecânico Carlos Brito,
diretor executivo da InBev desde o final de 2005. Nascido há 47
anos no Brasil, Carlos Brito ingressou na companhia
Brahma, em 1989, como analista financeiro, posteriormente foi
diretor de produção durante dois anos; de 1992 a 1996 foi responsável
pela divisão de refrigerantes da AmBev e, entre 1997 e 2001,
dirigiu as vendas no Brasil. Em seguida, foi encarregado de
operações, até chegar a diretor-geral da AmBev em 2003 e, em
janeiro de 2005, -logo após a fusão Interbrew AmBev- foi
designado presidente da zona da América do Norte, com sede
em Toronto (Canadá).
Na sua
análise, Carlos Brito assegurou que o grupo continuou
avançando em 2006 no seu objetivo de se converter na “melhor
companhia” da indústria cervejeira. Obviamente deixou de esclarecer
para quem seria esta melhor companhia. E acrescentou eufórico: este
“é o resultado do trabalho duro de gente com talento que compartilha o
mesmo sonho”. Enquanto o engenheiro Carlos Brito não
demonstrar, na prática, para os milhares de trabalhadores da InBev
de todo o mundo, estar disposto a terminar com o “gene
Brahma”, suas palavras irão precisar de significado e irão durar
menos que a espuma de uma cerveja ruim.
Em
Montevidéu,
Enildo
Iglesias
© Rel-UITA
5 de março de 2007 |
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A Inbev surgiu da fusão em 2004 da cervejaria belga Interbrew
com a brasileira AmBev.