Fim do conflito na Arcor
Um acordo e pontos pendentes
Após vários meses de negociações
infrutíferas, os trabalhadores e
trabalhadoras do Grupo Arcor da Argentina
chegaram finalmente a um acordo com a
empresa na terça-feira passada, dia 25 de
novembro. Sirel conversou com Héctor
Morcillo, secretário geral do Sindicato de
Trabalhadores da Indústria da Alimentação (STIA)
Córdoba, que comentou o alcance deste acordo
e alguns pontos que ainda ficaram pendentes.
-Em que consistiu o acordo alcançado?
-A maioria dos trabalhadores decidiu aceitar
a proposta da empresa, que consiste em um
prêmio por assiduidade, interpondo duas
condições: primeiro que o premio seja pago
todo junto e retroativo a setembro, e
segundo que se continue negociando a
modificação das condições das faltas por
acidente de trabalho ou por doença do
trabalho.
-Quando irão negociar este ponto?
-Definimos uma reunião para dezembro, quando
começaremos a negociar a modificação desta
cláusula e também do prêmio de fim de ano
por desempenho.
-Qual a avaliação que você faz de todo este
processo de negociação?
-O conflito já teve muitas arestas e vários
condicionamentos políticos vindos da
companhia. Os sindicatos não estão
conceitualmente de acordo com o prêmio
proposto pela Empresa, e menos ainda com o
valor do mesmo. Pessoalmente, sou da opinião
que o fundamental foi que pudemos manter a
unidade da maioria dos Sindicatos, que
representam os trabalhadores do grupo
Arcor, diante da tentativa da empresa de
obter acordos individuais com cada filial e,
se por um lado não obtivemos um acordo
ideal, conseguimos que esta cláusula do
prêmio seja revisada mais adiante.
Por outro lado, não tem preço a
solidariedade dos companheiros e
organizações sindicais da América Latina de
trabalhadores do mesmo grupo empresarial,
que se manifestaram através da Regional
Latino-Americana da UITA. Enviamos a todos e
a todas os nossos permanentes agradecimento
e solidariedade.
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