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     Brasil - Forquilhinha

 

 

Sindicato pede que empresa pague custos de cirurgia de funcionária

 

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Criciúma e região realizou, ontem, durante a troca de turno do meio-dia, um manifesto em frente a Seara/Cargill em Forquilhinha. O Sindicato alega que a empresa Seara se nega a arcar com os custos da cirurgia da funcionária Valdirene João Gonçalves da Silva, que trabalhou durante 11 anos na empresa, na mesma unidade, e ficou inválida aos 35 anos, por problemas decorrentes da função de desossadora de frango. De acordo com o presidente do sindicato, Renaldo Pereira, era uma funcionária que vestia a camisa, e chegou a desossar sete coxas por minuto. O sindicato alega que a empresa desistiu de arcar com a cirurgia da empregada depois que o médico deu garantia de apenas 60% de que Valdirene volte a ter os movimentos. “Eles querem que os médicos garantam 100%”, disse.

 

Hoje pela manhã, o sindicato prometeu levar a funcionária para uma nova avaliação com outro médico em Florianópolis. Renaldo contou que Valdirene, hoje, devido aos remédios que precisa tomar, não consegue se alimentar bem. Passa a água e bolacha e está pesando 45 kilos. A dor é constante, aplacada apenas a base de morfina. Ele informou também que a empresa não passa para o sindicato o valor correto da cirurgia. Desde o inicio do ano passado, ela está afastada e recebendo os benefícios a que tem direito, por insistência do sindicato. Segundo ele, infelizmente, este não é um caso isolado, é o resultado do ritmo de produção intenso estabelecido pela Seara Cargill, em que os trabalhadores vem sendo submetidos a um número abusivo de serviços de cortes de frango. Ele informou que, desde janeiro de 2006 até agora, o sindicato afastou 61 pessoas com problemas de saúde desta empresa. “Eles não estão cumprindo os deveres de empregador. Passam informações incorretas ao INSS e ainda não preencheram a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)”, acrescentou. A equipe do JM entrou em contato com o setor de relações públicas da empresa, que ficou de dar uma posição, mas até o fechamento da edição, não enviou nenhuma resposta aos questionamentos solicitados.

 

Jornal de Manhã

14 de março de 2007

 

   

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