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Carrefour recebe trabalhadores

com truculência policial

 

O que era para ser uma manifestação pacífica em defesa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), na manhã da quinta-feira (30), em frente ao Centro de Distribuição do Carrefour de Osasco, em São Paulo, se transformou numa selvagem agressão proporcionada pela multinacional, que jogou a polícia contra os manifestantes.

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (CONTRACS/CUT), que representa cerca de dois milhões de brasileiros do setor, e convocou o ato junto com os 14 sindicatos do Comitê de Trabalhadores da Rede Carrefour, repudiou com veemência "a atuação da multinacional e da Polícia Militar do estado São Paulo que agiram de forma truculenta durante uma mobilização pacífica dos trabalhadores e sindicalistas do Carrefour, CONTRACS, CUT e demais sindicatos que colaboravam ".

 

De acordo com a presidente da CONTRACS/CUT, Lucilene Binsfield (Tudi), a entidade já havia comunicado que às 10 horas os sindicalistas se retirariam da frente do Centro de Distribuição em Osasco, encerrando neste horário a manifestação. "No entanto, o Carrefour acionou a polícia, que até então estava tranqüila e agindo de forma cidadã. A partir daí, chegaram novos policiais com truculência e passaram a ameaçar mulheres, manifestantes e a agredir com spray de pimenta. Houve prisão e agressão contra dirigentes sindicais da CONTRACS/CUT com violência gratuita e sem motivo. Os companheiros Luciano Pereira Leite e Alci Matos sofreram diversas escoriações, foram algemados e presos", denunciou Tudi.

 

"Exigimos justiça e o fim da impunidade. Vamos pressionar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário a fim de que sejam identificados e punidos os covardes agressores, bem como os mandantes", declarou o secretário geral da CUT, Quintino Severo, que esteve presente na abertura do ato. Segundo Quintino, "a prática de bater para intimidar remonta períodos sombrios e demonstra a falta de compromisso de uma multinacional que só pensa no país como quintal e em seus trabalhadores como cifrão para ampliar lucros. Mas o momento hoje é outro, e terão de cumprir a lei, pagar a PLR justa e respeitar a organização sindical no local de trabalho".

 

Minutos antes da agressão, a presidente da CONTRACS havia lembrado no microfone que a Polícia Militar "também é alvo da truculência e da intransigência do governo do estado de São Paulo, que paga os trabalhadores policiais com baixos salários".

 

O ato divulgou a obscura proposta da multinacional, que não permite a seus funcionários sequer saber das metas e percentuais utilizados para a PLR. "Não há uma mesa de negociação que envolva trabalhadores, mas sim um grupo de cinco pessoas responsáveis por apresentar planos de excelência e parâmetros esdrúxulos como a economia de sacolas oferecidas aos clientes", informou o secretário de Relações Internacionais da CONTRACS, Alci Matos.

 

Segundo Araújo, a oferta da PLR diferenciada, de acordo com o nível hierárquico, é discriminatória e inaceitável: "Do estoquista ao gerente, todos colaboram para o cumprimento das metas. Por que oferecer valores diferenciados?". A proposta da CONTRACS inclui a exigência de um plano que leve em consideração o faturamento da empresa e que adote a negociação como forma de estabelecer os objetivos a serem alcançados.

 

Somente após sete horas de prisão, sem comer e com escoriações por todo o corpo, Alci Matos, Secretário de Relações Internacionais da CONTRACS, foi liberado pela polícia. Luciano Pereira Leite, Secretário de Comunicação da CONTRACS, foi liberado após quatro horas de detenção.

 

 

 

                                        Nota de repúdio

 

A CONTRACS repudia veementemente e lastima pela atuação da Empresa Multinacional Carrefour e da Polícia Militar do estado São Paulo que agiram de forma truculenta durante uma mobilização pacífica dos trabalhadores no Carrefour, dirigentes sindicais da CONTRACS, CUT e de diversos outros sindicatos de todo o Brasil que colaboravam.

 

A CONTRACS/CUT e o Comitê de trabalhadores avisaram a empresa que às 10h se retirariam da frente do Centro de distribuição em Osasco encerrando neste horário a manifestação pacífica. No entanto, o Carrefour acionou a polícia, que até então estava tranqüila e agindo de forma cidadã. A partir daí, chegaram novos policiais com truculência e passaram a ameaçar mulheres, manifestantes e a agredir com spray de pimenta diversas pessoas.

 

Houve prisão, truculência e agressão contra dois dirigentes sindicais, com agressões gratuitas e sem motivo. Os companheiros sofreram diversas escoriações, foram algemados e presos de forma violenta.

 

O Comitê de trabalhadores e a CONTRACS/CUT realizaram a manifestação no intuito de pressionar o Carrefour para dialogar sobre PLR (Participação nos lucros e resultados). Em nenhum momento houve atuação violenta dos manifestantes, no entanto a empresa Carrefour e a polícia militar, usaram e abusaram de truculência e violência, ficando visível o despreparo da polícia no trato com os trabalhadores que pacificamente reivindicavam seus direitos garantidos por lei.

 

Inclusive a presidente da CONTRACS/CUT lembrou no microfone que os policiais são alvos da truculência e da intransigência do governo do estado de São Paulo que paga os trabalhadores policias com baixos salários. Minutos antes dos atos de violência da polícia, a CONTRACS se colocou publicamente (ao microfone) solidária aos policias pedindo para que não houvesse violência contra os manifestantes.

 

Por isso queremos expressar nossa indignação e esperamos que justiça seja feita diante de tanta truculência e violência desnecessária.

 

 

CONTRACS

5 de setembro de 2007

 

 

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