Após
quase 13 meses, a negociação do novo Convênio Coletivo entre o Sindicato dos
Trabalhadores da Engarrafadora Central SA (STECSA) e a Coca Cola FEMSA
foi suspensa no dia 21 de fevereiro.
Até agora, foram aprovados 48 dos 85 artigos propostos pelas partes, entretanto
faltam ser definidos os assuntos mais importantes para o futuro das relações
trabalhistas na empresa.
"Entre os 37 artigos pendentes estão os que a Coca-Cola FEMSA pretende
aprovar contra chuvas e trovoadas. Sua aprovação seria uma morte anunciada para
o Sindicato", disse ao Sirel, Carlos Luch, secretário-geral do
STECSA.
Segundo Luch, a transnacional estaria tentando implementar medidas que
ameaçam a estabilidade do trabalho e as garantias salariais.
Além disso, estariam pretendendo implementar um modelo de Pré-venda "que já foi
comprovado, na Guatemala, que não funciona e poderia causar sérios danos
à nossa estrutura, deixando-nos indefesos", disse o gerente do STECSA.
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O STECSA já começou a pressão na
fábrica central da capital guatemalteca. Protestos que poderão subir de tom
durante as próximas semanas. |
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Defesa dos direitos
Diante de propostas consideradas inaceitáveis, da falta da abertura para um
verdadeiro diálogo e de uma repetida estratégia protelatória pela Coca Cola
FEMSA, a comissão de negociação do STECSA propôs uma suspensão da
negociação coletiva.
"Não estamos pedindo muito, simplesmente queremos ratificar o que já temos em
nosso Convênio Coletivo, ou seja, os direitos adquiridos em muitos anos de luta.
Sobre esta base, dialogaríamos com a empresa sobre os aumentos salariais", disse
Luch.
Ao contrário, o STECSA observa que, em vários artigos propostos pela
empresa, havia a intenção de desarticular a Junta Mista e de modificar os
níveis de eficiência, o que poderia conduzir a uma redução nos salários, entre
outras.
"A comissão de negociação da Coca Cola FEMSA tem mantido uma atitude
fechada, dilatando a negociação, até mesmo recusando-se a assinar artigos onde
as partes concordam, dizendo simplesmente que não tem vontade de fazê-lo.
Eles estão querendo condicionar as melhorias salariais à aceitação de suas
propostas, mas o mais importante para nós é a estrutura do nosso Convênio do que
o próprio salário ", disse o secretário-geral do STECSA.
Mobilização
Em
resposta a esta situação, o STECSA já começou a fazer pressão na fábrica
central da capital guatemalteca. Protestos que poderiam subir de tom durante as
próximas semanas.
"Planejamos visitas a todas as agências e locais de trabalho em todo o país para
denunciar a situação à base do Sindicato e a sintonia é total. Além disso, temos
uma agenda de mobilizações que, a cada dia, irá subir de intensidade, e estamos
coordenando a nível internacional com a Rel-UITA e a FELATRAC.
Esperamos que a empresa reconsidere, porque não estamos dispostos a aceitar
um retrocesso em nossos direitos adquiridos ", concluiu Luch.