compañías

Enviar este artículo por Correo Electrónico     Kraft

    Argentina

Continua o lock-out patronal

Kraft Foods contra tudo e contra todos

 

Na terça-feira passada, dia 18 de agosto, a transnacional Kraft Foods Argentina demitiu 150 trabalhadores e trabalhadoras. Ontem, quarta-feira 26, o Sindicato de Trabalhadores da Indústria da Alimentação (STIA) realizou uma grande mobilização pelo centro de Buenos Aires até a sede do Ministério de Trabalho, que ordenou à empresa retomar sua produção no turno da noite, mas a Kraft não acatou. O Ministerio do Trabalho marcou uma nova audiência obrigatória para hoje, quinta-feira 27, para a última hora.

 

Mais de 3 mil pessoas se concentraram ontem às 15 horas diante do Obelisco de Buenos Aires, de onde marcharam pela Avenida Corrientes até a sede do Ministério do Trabalho.

 

Na marcha, destacava-se a numerosa presença do pessoal da fábrica atingida pelas demissões, do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Buenos Aires e de outras organizações, como várias zonais da Confederação Geral do Trabalho (CGT), da Confederação de Associações Sindicais de Indústrias de Alimentos (CASIA), da Federação Argentina de Trabalhadores de Águas Gasosas e Afins (FATAGA) e de outras entidades sindicais e sociais.

 

Ao chegar às portas do Ministério, o secretário geral do STIA, Rodolfo Daer, discursou para a mobilização, enfatizando que “Esta marcha está sendo feita em repúdio à atitude desta empresa transnacional que acredita poder pisotear na legislação argentina, nos seus trabalhadores e em suas organizações. Nosso Sindicato não parará de lutar até que sejam reintegrados absolutamente todos os trabalhadores despedidos”.

 

A delegação do STIA, que entrou no Ministério, era composta pelo próprio Daer e por Lidia Crespo, secretária Sindical, Silvia Villarreal, secretária Administrativa, e dois integrantes da Comissão Interna da fábrica de General Pacheco onde se deram as demissões.

 

Após uma reunião de mais de uma hora com a vice-ministra Noemí Rial, durante a qual foi mantida a estrondosa presença dos manifestantes nas portas da secretaria de Estado, a delegação sindical informou que o Ministério havia ordenado que a empresa reiniciasse a produção em condições totalmente normais, inclusive com os demitidos, a partir do turno que começava às 22 horas.

 

Dirigindo-se à multidão, Rodolfo Daer agradeceu a presença das organizações irmãs, entre elas a UITA, e reiterou que o STIA defenderá esses postos de trabalho sem medo nem vacilações, “tal como foi decidido unanimamente pelo nosso Conselho Diretor.

 

Consultada por Sirel para tomar conhecimento das novidades mais recentes deste conflito, Lidia Crespo expressou que “a Kraft Argentina não mudou a sua atitude e mantém o lock-out patronal apesar da intimação do Ministério do Trabalho, em uma nova demonstração de sua intenção de pisotear na nossa legislação e nas autoridades do governo”.

 

Crespo informou que, na tarde de hoje, quinta-feira 27, foi realizado uma Plenária de Delegados que analisou detidamente a situação e decidiu manter o grêmio mobilizado na espera do resultado de uma nova audiência, marcada pelo Ministério do Trabalho para a última hora de hoje.

 

O período de conciliação obrigatória termina nos primeiros dias de setembro.

 

 

En Montevideo, Carlos Amorín

Rel-UITA

31 de agosto de 2009

 

 

 

 

 

 

Volver a Portada

 

  UITA - Secretaría Regional Latinoamericana - Montevideo - Uruguay

Wilson Ferreira Aldunate 1229 / 201 - Tel. (598 2) 900 7473 -  902 1048 -  Fax 903 0905