A Brasil Foods foi condenada, no último dia 08 de
fevereiro, pela juíza Dra. Lisane Vieira do Tribunal
Regional do Trabalho da 12ª Região - Joaçaba/SC - pelos
inúmeros casos de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) registrados na unidade de
Capinzal/SC.
Falta de ação sindical levou
trabalhadores
ao Ministério Público
A omissão do Sindicato em Capinzal é tão grande que levou os
trabalhadores a procurar a Justiça e o Ministério Público do
Trabalho como única forma de defesa dos seus direitos.
Número de lesionados é
preocupante
O procurador do Ministério Público do Trabalho, Sandro
Sardá, acompanhou os inúmeros casos de afastamentos
de trabalhadores por doenças ocupacionais registradas nas
Agências da Previdência local, além de mais de mil ações
movidas nas varas dos Tribunais do Trabalho da região.
Também agiu na fiscalização dentro da unidade para buscar as
provas e apresentar as denúncias.
Realização de pausas e fim de
horas extras são algumas das condenações
A não realização de pausas e os trabalhos em fins de semana
foram os principais problemas apontados, além da falta de
rodízio e de condições de trabalho na fábrica. Com isto a
Brasil Foods foi condenada a realizar pausas de 8
minutos a cada 52 trabalhados, eliminação total de horas
extras e multa de 10.000 reais por cada ação não realizada.
Ação do ministério público
A condenação da Brasil Foods foi uma decisão de primeira
instância, e deixou a mesma numa condição de desigualdade
frente ás concorrentes, e com certeza a justiça não irá
manter esta decisão nas demais instâncias.
Ação sindical deve consolidar
a decisão da justiça
A ação sindical tem que ser forte e transformar esta decisão
judicial em cláusula que faça parte nos Acordos Coletivos,
principalmente de Redução da Jornada de Trabalho. Só assim
não poderá mais ser modificada. A CONTAC está
elaborando uma proposta neste sentido, e que será pauta a
nível nacional para as negociações.
Siderlei e Paim no Congresso em audiência de
Redução de Jornada no setor avícola
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