Em diálogo com o Sirel, Marcos Araújo, presidente do
Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentos de
Campinas (SITAC), informou sobre os alcances do acordo.
-Como chegaram ao acordo e em que consiste?
-Apesar de, em uma primeira etapa, a
UNILEVER
ter se negado a melhorar a sua proposta inicial de aumento,
tanto para os salários quanto para o Vale Alimentação,
finalmente, na semana passada, os trabalhadores e
trabalhadoras aceitaram a proposta melhorada da
transnacional.
O aumento salarial será de 8 por cento enquanto que o Vale
Alimentação será de 300 reais por mês, além de ter havido
melhoras em outras cláusulas sociais.
A novidade deste convênio é que foi incluído um novo item
que diz respeito à segurança no emprego, chamado "retorno da
licença.”
No Brasil é bastante usual que as empresas escolham
comunicar a demissão aos trabalhadores quando estes(as)
retornam das suas férias anuais. Levando em conta este
péssimo costume, o SITAC incluiu neste acordo uma
cláusula que garante a estabilidade dos trabalhadores nestes
períodos.
-Como você avalia esse processo?
-Isso não pode ser analisado de forma isolada, faz parte dos
anos de trabalho junto aos trabalhadores e trabalhadoras da
Unilever
que permitiram esta série de conquistas.
O que aconteceu este ano foi que a indústria de alimentos na
região ofereceu aumentos entre 8 e 9 por cento. Assim, os
trabalhadores da
Unilever
exigiram que o aumento estivesse dentro dessa faixa
percentual.
Felizmente, após a mediação do Ministério do Trabalho e a
intervenção da Rel-UITA junto à empresa, esta
melhorou sua proposta e pudemos chegar a um bom termo.
A nota que a Secretaria Regional da UITA enviou
oportunamente à gerência geral da
Unilever
foi distribuída aos trabalhadores(as) na última
Assembleia. Para eles, esse fato foi muito
significativo, porque esta nota representa a solidariedade
exercida de forma concreta e eficaz.
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