Brasil - Biocombustíveis
Bunge compra cinco usinas
do Grupo Moema
A transnacional norte-americana
adquiriu o
controle acionário do grupo
brasileiro Moema e está prestes
a se tornar o terceiro maior
produtor de açúcar e etanol do
país. Para aumentar a
rentabilidade, aposta no aumento
da mecanização do trabalho.
A
transnacional Bunge Ltd.,
com sede em White Plains, estado
de Nova York, Estados Unidos,
anunciou, em 23 de dezembro de
2009, a aquisição do consórcio
sucroalcooleiro brasileiro Usina
Moema Participações S.A (Moema
Par),
com sede em
Orindiúva, São Paulo.
Com esta
transação, a Bunge
adquire uma usina que pertence
totalmente à Moema
Par, bem como as
participações do consórcio de
quatro usinas mais. Quando for
feita a compra de todas as ações
das seis usinas, o negócio
passaria a valer 1,5 bilhões de
dólares e será financiado
através de troca de ações na
bolsa de valores de Nova York.
A
capacidade de processamento da
Moema, que é de
13,5 milhões de toneladas anuais
de cana-de-açúcar, somada aos
2,5 milhões de toneladas de
capacidade já existentes na
fábrica Santa Juliana que a
Bunge possui em Minas
Gerais, fará do consórcio
norte-americano o
terceiro
maior produtor de açúcar e
etanol do Brasil, depois
da Cosan e da LDC-SEV, e antes
da Guarani e da São Martinho.
A capacidade aumentará ainda
mais, quando entrarem em
funcionamento, em 2010 e 2012,
respectivamente, as duas usinas
de etanol atualmente em
construção: Pedro Afonso
(Tocantins) e Mote Verde (Ponta
Porã, Mato Grosso do Sul).
A
Bunge,
portanto, não só aumenta a sua
presença global no mercado
brasileiro de etanol, cujas
vendas anuais chegam a 28
bilhões de dólares, mas também
se instala em dois estados de
importância estratégica para o
consumo crescente do etanol, em
São Paulo e Minas Gerais.
Também fortalece o setor de
Agronegócios da companhia -um
dos três principais ramos da
empresa, os outros são os Óleos
Comestíveis e Fertilizantes- com
perspectivas de rentabilidade
claramente superiores à dos
fertilizantes.
Mas a
rentabilidade dos investimentos
da Bunge no setor
sucroalcooleiro do Brasil
responde fundamentalmente ao que
o
executivo
Alberto
Weisser, CEO mundial
da
Bunge,
disse nestas breves palavras,
retiradas do website da
companhia Bunge: "Em
matéria de açúcar e bioenergia,
o Brasil é um local ideal para
realizar investimentos. Tem um mercado
local de etanol em rápido
crescimento e, graças à
produção, destaca-se por ser o
país de menor custo no mundo,
está bem posicionado para
expandir as suas exportações
tanto de açúcar como de etanol".
A
rentabilidade dos investimento
aumentará ainda mais à medida
que os novos proprietários
aproveitem as vantagens
oferecidas pela topografia do
local onde está localizado o
conjunto de fábricas da Moema
Par -no limite dos
estados de São Paulo e Minas
Gerais- e intensifiquem ainda
mais o processo de mecanização
da colheita da cana-de-açúcar.
Segundo a própria companhia, o
objetivo seria um grau de
mecanização da colheita de cerca
de 95 por cento.
|