As cifras das 
empresas de conservas galegas
Calvo e 
Pescanova
 
Calvo: 
resultados de seu Plano Estratégico
 
O grupo 
produtor de conservas espanhol 
Calvo 
previa, no 
início deste ano, que seu faturamento durante 2008 chegaria a 420 milhões de 
euros (524,5 milhões de dólares) significando um aumento de 12 por cento em 
comparação com 2007. De acordo com estas previsões, o lucro líquido seria de 2 
milhões de euros (2,5 milhões de dólares) praticamente igual ao alcançado em 
2007.
 
Entre 1999 e 
2007, o investimento total do Grupo foi de 160 milhões de euros (200 milhões de 
dólares), o que a posiciona entre as cinco maiores empresas de conservas do 
mundo. A partir de 2007, a 
Calvo 
começou a aplicar um Plano Estratégico com horizonte 2010, cujo objetivo 
é fazer com que a empresa de conservas chegue a ser uma companhia de referência 
no setor da alimentação com novas categorias de produtos e especialidades. Já em 
2008, o Plano deu seus primeiros resultados, fazendo com que empresa 
saísse do vermelho: em 2007 o lucro líquido foi de dois milhões de euros 
negativos e, para o exercício de 2008, como mostramos anteriormente, está 
previsto chegar à mesma quantidade, mas com o sinal contrário.
 
Entre as 
medidas que o Plano contempla, está a melhoria de todos os resultados e 
da eficiência das fábricas, prevendo a elaboração de acordos para a 
terceirização (outsourcing) de novos produtos com outras companhias. Além 
disso, estima-se que os novos produtos passem a representar 10 por cento do 
faturamento, praticamente o dobro do atual. O Plano não menciona melhorar 
a responsabilidade social do Grupo como, por exemplo, reconhecendo o sindicato 
legalmente constituído em sua fábrica de El Salvador.
 
Calvo 
está estruturada por áreas geográficas, em função de seus centros de produção. 
As fábricas da Galícia (Espanha) produzem conservas e saladas para 
o mercado europeu (Espanha, França, Itália, Portugal, 
e Europa Central); a partir da fábrica no Brasil, e através de sua 
marca Gomes da Costa, manufatura para o mercado do Brasil, 
Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, e para o resto da
América do Sul, bem como alguns países da Ásia e da África. 
A partir da sua fábrica em El Salvador, atende a toda a América 
Central e Caribe, constituindo-se, além disso, na plataforma de 
entrada, com sua marca Nostromo, para o mercado dos Estados Unidos.
 
Atualmente é a 
empresa de conservas líder em vendas na Espanha, com uma parcela de 
mercado de 16 por cento em atum claro e 17 por cento em mexilhões. Também é 
líder no Brasil onde capta uma parcela de 45 por cento em atum claro e 40 
por cento em sardinha. Na Itália, é a segunda companhia em faturamento do 
setor, com a marca Nostromo. Em nível mundial, o 
Grupo
Calvo 
exporta seus produtos para mais de 40 países. Emprega cerca de 3.500 pessoas 
divididas em seus quatro centros de produção no Brasil (Itajaí), 
em El Salvador (La Unión) e na Espanha (Carballo e
Esteiro), assim como nos 6 navios pesqueiros que navegam pelas águas 
tropicais dos oceanos Pacífico e Atlântico.
 
Crescem as 
vendas da Pescanova 
 
Em um ano 
caracterizado pela volatilidade global da economia, como foi 2008, o 
Grupo
Pescanova, 
com sede em Vigo (Galícia, Espanha) 
aumentou sua EBITDA1 
em 13 por cento, chegando aos 138 milhões de euros (173,42 milhões de dólares); 
também cresceu 4 por cento em seu faturamento, chegando a 1.343 milhões de euros 
(1.687 milhões de dólares). 
 
A Pescanova 
executou seus ambiciosos projetos estratégicos no âmbito da aquicultura 
convertendo-se no primeiro produtor de robalo do mundo; e chegando, com isso, à 
liderança em capacidade de produção e processamento de camarão no Ocidente, 
graças às várias implantações no Equador, Nicarágua, Guatemala,
Honduras, Chile e Brasil, assim como nos Estados Unidos 
(Pescanova 
Ladex) 
e na França (Krustanord). 
O Grupo continua com seus planos estratégicos focados na aquicultura, que já 
representa 26 por cento de seu faturamento total, enquanto que a pesca extrativa 
corresponde aos 74 por cento restantes.