O
Sindicato Único dos Trabalhadores na Indústria Nacional de Refrigerantes SA (SUT-INARSA)
e a Coca-Cola FEMSA iniciaram, no dia 24 de abril, a negociação direta do novo
Convênio Coletivo.
Depois de ter negociado, e assinado em março, a revisão salarial da Convenção
vigente, acordando um aumento geral de 7,5 por cento para todas as áreas, uma
melhoria das comissões e uma reclassificação de cargos e funções na área de
Produção, o Sindicato e a Coca Cola FEMSA começaram o processo de
negociação de um novo Convênio Coletivo.
Durante o primeiro dia, as partes chegaram a um acordo em 31 do total de 73
cláusulas.
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Para Daniel Reyes, um dos temas mais polêmicos na empresa é o que se
refere à terceirização do trabalho. |
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"Estamos satisfeitos com a forma como começou a negociação coletiva e esperamos
poder continuar assim, embora saibamos que ainda não abordamos os pontos
nevrálgicos da negociação, especialmente no que diz respeito às cláusulas
econômicas" disse, ao Sirel, Daniel Reyes, secretário geral do
SUT-INARSA.
Reyes
explicou que, antes do início da negociação, o Sindicato e a empresa começaram a
discutir a delicada questão do reequilíbrio de rotas, que há alguns meses causou
fortes tensões entre as partes.
"Avançamos e entramos em acordo em muitos pontos, mas suspendemos
temporariamente as discussões para nos concentrarmos na negociação coletiva,
porque para nós é primordial garantir e melhorar os benefícios dos
trabalhadores", afirmou o dirigente sindical.
De
acordo com o secretário-geral da SUT-INARSA, um dos temas mais polêmicos
na empresa é o que se refere à terceirização do trabalho. Embora este
problemática não deva ser objeto de discussão durante a negociação do novo
Convênio, Reyes assegura que o Sindicato está acompanhando atentamente
como essa situação irá se desenvolver.
"É um assunto do qual estamos muito pendentes e já apoiamos a criação de uma lei
que regulamenta o tema terceirização. Esperamos que seja possível aprová-la
muito em breve, para usá-la como uma ferramenta jurídica em uma discussão com a
empresa sobre o assunto.
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O dirigente sindical lembrou que dos 350 trabalhadores terceirizados
que estavam na empresa, já houve uma redução de quase 50 por cento. |
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Nós
sempre fomos muito claros em dizer que não concordamos com que, na Nicarágua,
existam dois tipos de trabalhadores: aqueles que têm os benefícios da negociação
coletiva e os que nada têm.
Neste sentido, continuaremos a apoiar a aprovação da lei e o emprego permanente
na empresa ", concluiu Reyes.
O
dirigente sindical lembrou que dos 350 trabalhadores terceirizados que estavam
na empresa, já houve uma redução de quase 50 por cento.
Existem atualmente cerca de 180 trabalhadores terceirizados nas áreas de Vendas,
Operações e, em menor medida, na Produção.
A
Indústria Nacional de Refrigerantes SA (Coca Cola FEMSA) tem cerca de 710
funcionários no total, 444 dos quais são filiados ao SUT-INARSA e gozam
dos benefícios da negociação coletiva.