O rei da
Espanha
condecora o presidente da
FEMSA
Como ficou
demonstrado no caso da indústria de conservas Calvo, a família real
espanhola tem uma predileção especial pelos homens de negócios. Seguindo essa
vocação, em princípio de junho, o rei Juan Carlos da Espanha honrou
Lorenzo Zambrano (presidente da Cemex) e José Antonio Fernández
(presidente da FEMSA) com a condecoração da Ordem de Isabel a
Católica.
“A Ordem de
Isabel a Católica, instituída em 1815, tem por objetivo premiar
aqueles comportamentos extraordinários de caráter civil, realizados por pessoas
espanholas e estrangeiras” esclareceu o embaixador da Espanha no
México, Carmelo Angulo Barturen, encarregado de entregar a
condecoração em uma cerimônia realizada na cidade de Monterrey.
O diplomata
ressaltou que o rei da Espanha decidiu condecorar o presidente da
FEMSA por sua contribuição à educação ao dirigir e patrocinar o Instituto
Tecnológico de Monterrey. Convém deixar claro que o mencionado Instituto
é considerado a principal universidade particular do país, ou seja, tem
que pagar para estudar.
Além disso, o
embaixador considerou pertinente recordar que Fernández fez da FEMSA
a líder no mercado das bebidas na América Latina, “uma gigante dos
negócios”.
A
FEMSA
investe na
Colômbia
A FEMSA,
a engarrafadora mexicana da Coca-Cola,
investirá 119 milhões de dólares
na Colômbia este ano, que serão destinados, na sua maioria, para expandir as
operações de águas engarrafadas e sucos de frutas.
Felipe Márquez,
vice-presidente de assuntos corporativos da FEMSA Colômbia, declarou que
esse país é um mercado de um enorme e sólido potencial de crescimento,
destacando que enquanto os mexicanos bebem 550 garrafas por ano, os colombianos
consomem apenas 100 no mesmo período.
O investimento
é justificado pelo fato de que as vendas de águas engarrafadas e sucos no país
crescem em um ritmo três ou quatro vezes maior que o dos refrigerantes na
América Latina. Márquez também anunciou que a FEMSA começará a
exportar suas marcas mexicanas de cerveja como Sol, Tecate e
Carta Blanca para a Colômbia.
Coca
Cola
x
Pepsi
Quem ganha e quem perde?
A disputa entre
a Coca-Cola e a Pepsi é antiga. Desde o início, ambas disputam os
consumidores do mundo inteiro e até agora as marcas que tentam alcançá-las têm
que investir muito esforço e dinheiro para conseguir isso, e mesmo assim não é
tarefa fácil. Entre as líderes, em muitos mercados entre o êxito e o fracasso a
distância é mínima, mas em outros é extrema.
Um caso é o do
Chile onde, em termos de volume, a
Coca-Cola controla 89,4 por cento
do mercado de refrigerantes, em comparação com apenas 5,3 por cento da Pepsi,
segundo cifras da consultora Euromonitor International. Já no Egito,
a concorrência é mais dura: a Coca-Cola ganha, em termos de volume, com
49,1 por cento de participação, versus 46,8 por cento da Pepsi. Se por um
lado a Coca-Cola mantém a liderança em nível global, a diferença é
esmagadora em regiões como a Australásia, a Europa Oriental e a
América Latina.
Claro que
existem exceções, uma delas é o Irã, onde ambas as transnacionais não
conseguiram vencer os competidores locais. A Zamzam lidera o mercado com
44 por cento, seguida pela Sasan (19,7), pela Coca-Cola (11,6) e pela
Pepsi (5,4 por cento). Bem diferente é a situação no Kênia, ali a
Coca-Cola capta mais de 90 por cento do mercado, seguida da marca local
Kuguru, deixando a Pepsi em uma posição de extrema fragilidade.
A América do
Norte é a região onde mais se consome refrigerantes em termos de volume. Os
habitantes dos Estados Unidos, Canadá e México beberam
22.299 milhões de litros de refrigerantes em 2008, uma queda em comparação com
os 23.279 milhões do ano anterior, segundo Euromonitor. O declínio
contínuo se arrasta desde 2004, quando eram consumidos 25.751 milhões de litros.
Já a Australásia é a região onde se consome menos refrigerantes, com um
consumo de apenas 1.223 milhões de litros no ano passado.
A América do
Norte é uma das regiões onde a concorrência é mais dura. Cerca de 49,5 por
cento do mercado está em mãos da Coca-Cola, enquanto que a Pepsi
capta 37,8 por cento. Muito atrás, mas com uma tendência ascendente, está a
Dr. Pepper, que registra 0,4 por cento. As três companhias, com sede nos
Estados Unidos, disputam palmo a palmo o mercado norte-americano. Mas a
Dr. Pepper deu um golpe importante em fins de abril. A McDonald’s
deixará de oferecer a Pibb Xtra, uma das marcas da Coca-Cola, para
oferecer a Dr. Pepper em todos os seus restaurantes naquele país.
As bebidas
tradicionais perderam a preferência dos consumidores norte-americanos diante das
bebidas energéticas e da água com sabor. Além disso, houve uma diminuição do
consumo devido à recessão, e com isso o volume de refrigerantes caiu 3 por cento
no ano passado, sua maior queda em 23 anos. Por isso é que a Coca-Cola e
a Pepsi se refugiaram em mercados emergentes como a Índia, a
Rússia e, em menor medida, a China, onde rígidas normas antimonopólio
põem travas na expansão dos negócios.
Em nível
global, a Coca-Cola é a terceira marca mais valorizada, segundo um
ranking da consultora Millward Brown Optimor. A empresa vale
67.625 milhões de dólares este
ano, um aumento de 16 por cento em comparação com os 58.208 milhões de 2008. A
Pepsi, por outro lado, ocupa o lugar 44, com um valor de 14,9 bilhões de
dólares, uma queda de 3 por cento em relação ao ano passado, quando valia 15,4
bilhões.
A
FEMSA
também investe na
Argentina
A FEMSA investirá 12 milhões de
dólares na construção de um centro operacional em terrenos do Mercado Central,
Partido de la Matanza,
Argentina. Segundo anunciou a companhia em um comunicado de imprensa, a
nova unidade operacional, que será construida em uma área de 7 hectares, estará
concluida no próximo mês de fevereiro.
A Coca-Cola
FEMSA
está presente na Argentina desde 1994, e
declara que emprega diretamente
2.300 pessoas e gera outros 1.100 empregos indiretos.
A companhia opera na Cidade Autônoma de Buenos Aires e na Província de
Buenos Aires. Conta com fábricas engarrafadoras em Pompeya (Capital
Federal) e em Monte Grande (província de Buenos Aires); além dos
depósitos e centros de distribuição em Três de Fevereiro, La Matanza
e Cidade Autônoma de Buenos Aires.
A Coca-Cola
FEMSA engarrafa, comercializa e distribui produtos da marca Coca-Cola
em nove países da região (Argentina, Brasil, Colômbia,
Costa Rica, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá
e Venezuela); responsável por 10 por cento das vendas da Coca-Cola no
mundo, é a segunda engarrafadora de seus produtos a nível mundial.