Com Hélène Deborde
A
possibilidade de ações conjuntas é a melhor notícia
que levo
aos trabalhadores
da Doux na
França
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Estou muito feliz com o fato de este Comitê ter nascido, mas
ele vai realmente existir quando lhe dermos dinâmica prática
e concreta através de nossas ações
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A encarregada de Relações Internacionais Europeias da Federação Geral
Agroalimentar (FGA), da França, Hélène Deborde, que participou da
recente Oficina Internacional de Trabalhadores da Doux em Porto Alegre,
Brasil, fez o seguinte balanço da atividade antes de retornar ao seu
país.
-O que você destacaria como resultado desta Oficina?
-A reciprocidade na vontade de cooperação. Acredito que confirmar isto,
até mesmo como um desejo sentido por todos, é revigorante. E também que
esta vontade não se limite a um único assunto, mas que possa se estender
a um projeto de longo prazo, mais amplo.
- ara que tem sido útil a atividade?
-Para criar laços. Agora
percebemos que podemos concretizar projetos. Acredito
que este projeto que teremos que construir é o verdadeiro impulso para
as nossas relações futuras decorrentes desta Oficina.
-Você ficou surpresa com o que você ouviu falar sobre a Doux no Brasil?
-Eu tinha alguns elementos, mas ao receber diretamente os relatórios e
conhecer com mais detalhes a estrutura sindical - não só da Doux-
me ajudou a compreender melhor o contexto.
Escutar os fortes depoimentos sobre as condições de trabalho na Doux,
também reforça o desejo de lutar para eliminar estes problemas.
-Qual é a coisa mais importante que você leva aos trabalhadores da Doux
na França?
-Talvez o fato de que os assalariados e
os sindicalistas da Doux no Brasil estão dispostos a
apoiá-los em suas ações, e que nisto pode haver reciprocidade. Saber
que você poderá continuar a troca de informações, mas também que buscará
a solidariedade na ação. Esta
é a informação que eu irei transmitir antes de qualquer coisa.
-O que você espera do Comitê Internacional de Trabalhadores da Doux?
-Espero ações conjuntas. Fico
feliz que o Comitê tenha nascido, mas ele realmente existirá quando lhe
dermos dinâmica prática e concreta através de nossas ações. Assim,
teremos uma boa oportunidade para expandir nossa coordenação para outras
questões relacionadas com a agricultura e a alimentação, porque há
muitas empresas francesas presentes no Brasil e vice-versa.
A
UITA
e a FGA têm muitos terrenos em comum, e penso primeiramente na
carne, mas também no açúcar. Realizar
uma cooperação permanente com pontos de ação em comum seria o ideal.