Com
William Tejeda
Nestlé
deve compartilhar
seus lucros com
os trabalhadores |
O novo
secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Nestlé de San Francisco
de Macorís (SITRANESTLESF), William Tejeda, dialogou com Sirel sobre as
recentes eleições daquela organização.
-Como foram o processo e
o resultado das eleições no SITRANESTLESF?
-No
sábado, 29 de janeiro, realizamos as eleições primárias, das quais
participaram duas chapas, uma encabeçada pelo companheiro
Francis Tavera,
que já tinha sido secretário-geral do nosso sindicato, e a outra por mim. Eu
também já havia tido esta responsabilidade em duas ocasiões.
O
Sindicato tem atualmente 109 membros, dos quais 107 votaram na Assembleia;
os dois que faltaram enviaram notas
explicando que sua ausência se devia a motivos pessoais e familiares.
A
Comissão Eleitoral estava composta pelo professor
Juan de Dios Ortega
como presidente, pelo companheiro
Bernabel Matos
como secretário e, como vogal, pelo companheiro Juan Ramón Durán –
que já não é mais
funcionário da Nestlé.
-Qual foi o resultado da votação?
-Nossa
chapa venceu com 82 votos, ou seja, 79,6 por cento do total de votantes. Em
nosso Sindicato ainda temos representação direta, não proporcional, portanto
a nossa chapa assumiu o controle total da Direção Sindical, que foi
empossada imediatamente pela Comissão Eleitoral. Ou seja, já estou atuando
como secretário-geral do SITRANESTLESF por um ano.
-Quais são as principais tarefas que serão realizadas pela nova Direção?
-Em
nosso país há, agora, uma situação muito delicada com o aumento dos
combustíveis e o Sindicato vem participando e dando sua opinião sobre esta
questão. Devemos manter esta presença no seio da sociedade dominicana,
lutando por melhores condições para o nosso povo.
Nossas
primeiras tarefas serão a de relançar os programas de educação e de
capacitação que estavam sendo desenvolvidos pelo nosso Sindicato, bem como o
Plano Habitacional e a luta pela efetivação de centenas de pensões não
reconhecidas pela previdência social privada.
Por
outro lado, temos um acordo com a empresa de prestações que, desde 2009, não
pudemos atualizar. Estamos esperançosos de que, com algumas intervenções
externas de personalidades notórias do país, que estamos organizando,
consigamos resolver isso rapidamente.
Estamos propondo ter com a empresa uma gestão focada na prosperidade de
todos. Esperamos que a empresa entenda que o que ela obtém de lucro é
resultado do esforço de todos os trabalhadores e trabalhadoras, logo devemos
receber uma parcela maior destes lucros.
-Como estão as relações
com a empresa?
-Em
dezembro passado, tivemos uma reunião com a Direção Caribe da Nestlé,
onde foi mencionado que 2011 deveria ser um ano repleto de paz no trabalho
e, acima de tudo, de muita produtividade para a empresa.
O
Sindicato assumiu esta responsabilidade, e decidimos com os trabalhadores e
trabalhadoras que faremos o que for necessário não só para que esta empresa
entre no grupo das melhores do país, mas também para que nós trabalhadores
recebamos a parte que nos corresponde pelos nossos esforços.
Quero
agradecer o apoio permanente que recebemos da UITA, do companheiro
Bernabel Matos,
de Gerardo e de Patricia,
e de toda a equipe da secretaria
regional.