Com Alexander Mosquea

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Frito Lay Dominicana (SINTRALAYDO), com o apoio da Rel- UITA, realizou recentemente uma oficina para a capacitação sindical visando a negociação coletiva. O Sirel conversou com Alexander Mosquea, secretário-geral do Sindicato, que discorreu sobre o conteúdo da atividade.
  

-Em que consistiu a oficina?
-A atividade foi realizada nas instalações do Sindicato Autônomo dos Trabalhadores da BEPENSA - Coca Cola (SATRABECO), que generosamente nos ofereceu a sua hospitalidade. Foi dirigido a dirigentes sindicais da Frito Lay* e, sobretudo, foram desenvolvidas técnicas e ferramentas para a negociação coletiva, uma situação na qual nos confrontamos com as empresas na defesa dos interesses dos trabalhadores.

 
A Oficina foi organizada por nosso Sindicato, com o apoio da Rel-UITA e com o acompanhamento e participação ativa dos parceiros Bernabel Matos e Fernando de la Rosa.
 
A atividade era necessária já que o nosso Comitê Executivo foi renovado em boa parte, e temos bastante gente com pouca experiência. Agora, depois desta oficina, acho que iremos muito mais bem preparados para a próxima negociação com a empresa.
 
-Quantas pessoas participaram?
-Planejamos para todos os nossos dirigentes, isto é, uma equipe composta por 18 pessoas, mas a empresa foi dura para liberar os funcionários para atividades sindicais, pois era um dia de trabalho. Finalmente conseguimos apenas a metade das autorizações e, como tínhamos tudo organizado e queríamos que o conteúdo da Oficina tivesse impacto na próxima negociação, decidimos fazê-la de qualquer forma, priorizando a presença dos que já tinham sido nomeados pela Assembleia para integrarem a Comissão negociadora.

Da mesma forma, é importante precisar que organizaremos brevemente uma nova oficina com o mesmo conteúdo para a outra parte de dirigentes que não pôde participar, já que consideramos esta atividade de enorme valor.
 
-Quais, em sua opinião, foram os principais pontos desenvolvidos?
-A análise do processo das negociações coletivas, as técnicas que podem ser usadas dependendo das diferentes circunstâncias e momentos de negociação, como construir uma estratégia de negociação, e até mesmo a postura e atitude que um dirigente sindical deve ter nesta situação.
 
Os presentes participaram com entusiasmo e se mostraram abertos para aprender a partir das apresentações dos companheiros Matos e De la Rosa, gente com vasta experiência na vida sindical que nos orientou brilhantemente. Os conceitos foram tratados com grande clareza e simplicidade.
 
Foi uma Oficina muito bem sucedida, e pretendemos incrementar estas atividades destinadas a capacitar e atualizar as ferramentas sindicais. A educação de nossa gente é uma de nossas tarefas principais para que o nosso Sindicato possa contar com uma equipe de ativistas e líderes sindicais, e desta forma garantir vida longa à nossa organização.