Conflito na
Cervejaria Hondurenha
O grupo SAB-Miller e a
Coca-Cola querem demitir
300 trabalhadoress |
O Sindicato de Trabalhadores da Indústria da Bebida e
Similares (STIBYS) está ocupando a Cervejaria Hondurenha (SAB-Miller e
Coca-Cola) localizada em San Pedro Sula. A medida responde à ameaça da empresa
de despedir primeiramente 17 trabalhadores de uma distribuidora e, agora, a
medida se estende a 300 operários do setor de vendas.
Com acusações
falsas e utilizando uma linguagem muito agressiva -“Se
querem guerra terão guerra”,
disse o gerente, jogando a agenda sindical no chão-, a Cervejaria Hondurenha
tenta criar um conflito para encobrir a sua negativa em atender as
reivindicações do STIBYS.
O Sindicato vem
tentando estabelecer, desde outubro de 2008, uma agenda de diálogo que se
refere, principalmente, a alguns pontos do Convênio Coletivo, assinado em
janeiro de 2008, e que não estão sendo cumpridos. A Cervejaria Hondurenha
vem postergando e se negando a negociar. A última chicana foi comparecer a uma
reunião com o Sindicato, mas exigindo que primeiro se discutisse a sua própria
agenda, que contém as falsas acusações e as ameaças de demissão.
O STIBYS
recorreu ao Ministério do Trabalho que só pôde redigir uma ata constando os
desacordos entre as partes.
No dia seguinte, começaram a
chegar os telegramas com as demissões. Até hoje, somam-se 21 o número de
trabalhadores despedidos.
O Sindicato
resolveu parar a produção e um importante grupo se mantém dentro da fábrica.
Diante do que se interpreta como uma “declaração de guerra” da empresa, o
STIBYS afirma que não se renderá, e responsabiliza a Cervejaria
Hondurenha pelas consequências do conflito.
A Rel-UITA
acompanhará atentamente esta situação e continuará informando a respeito.