Tanto lá como cá:
A globalidade anti-sindical da SABMiller
A IV Conferência Centro-Americana de Trabalhadores
das Bebidas, (Manágua, 26 e 27 de abril), foi uma
importante atividade no marco da decisão política
adotada pela Rel-UITA de organizar e desenvolver
federações latino-americanas por setores da indústria,
onde nossa Internacional conta com uma alta filiação.
Na Nicarágua, reuniram-se delegados sindicais das
transnacionais Coca-Cola e SABMiller, com
destaque para a presença de Mninawa Nyusile,
representando o Sindicato dos Trabalhadores da
Alimentação e Afins (FAWU) da África do
Sul. A exposição de Nyusile mostrou que os
problemas denunciados pela Rel-UITA na região,
vinculados à SABMiller, correspondem às mesmas
dificuldades que cotidianamente os trabalhadores
enfrentam na África do Sul. O depoimento do
sindicalista sul-africano confirma amplamente o
denunciado pela Rel-UITA em vários artigos, que
motivaram -entre outros- um comunicado da SABMiller
na Colômbia, cujo título era: “Bavária
responde a falsas denúncias de UITA e SICO”.
Ainda estava fresca a tinta do seu “urgente comunicado
oficial”, no qual a SABMiller desqualifica o
artigo publicado pela nossa Internacional quando, em
plena Conferência, o jornal El Tiempo da
Colômbia, publicou notícia sobre uma investigação
contra a Bavária pela violação das normas
antimonopólio.
A
notícia analisa a situação criada diante do pedido da
transnacional Heineken, para investigar a
Bavária por “proibir que distribuidores, bares e
restaurantes vendam Heineken, se quiserem ter em
suas prateleiras a cerveja italiana Peroni, uma
marca da SABMiller”, informou El Tiempo,
acrescentando que a “Bavária deu dinheiro e
outros incentivos para alguns bares e restaurantes a fim
de dissuadi-los de vender outras cervejas”.
Os trabalhadores exigem que sejam respeitados os
direitos de associação e de negociação coletiva na
SABMiller e denunciam não só as práticas
anti-sindicais, como o confisco dos jornais do SICO
com a advertência, por parte da administração, de que
“essas publicações estão proibidas”, como também o seu
“Código de Ética”, que proíbe aos trabalhadores e às
suas famílias consumirem ou terem em seus lares produtos
da concorrência, por ser considerado um ato desleal para
com a empresa, assunto que põe em risco o posto de
trabalho.
Em Managua, Luis
Alejandro Pedraza
©
Rel-UITA
7
de maio de 2007 |
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