O desemprego mundial pode aumentar
em 2009 entre
18 e
50 milhões, em comparação com 2007,
por causa da crise
O desemprego no mundo pode aumentar, a
partir do segundo trimestre de 2009,
algo entre 18 e 30 milhões de
trabalhadores, por causa da crise
econômica, e até mais de 50 milhões, se
a situação continuar se deteriorando,
segundo o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O relatório da OIT afirma, também, que,
se isso acontecer, cerca de
200 milhões de trabalhadores,
principalmente nas economias em
desenvolvimento, poderá passar a
integrar as filas da pobreza extrema.
"A mensagem da OIT não é alarmista, é
realista. Nós enfrentamos uma crise do
emprego de alcance mundial. Muitos
governos estão conscientes da situação e
tomando medidas, mas é preciso
empreender ações mais enérgicas e
coordenadas para evitar uma recessão
social mundial. A redução da pobreza
está em retrocesso e as classes médias a
nível global estão se enfraquecendo. As
consequencias políticas e de segurança
são de proporções gigantescas",
declarou Juan Somavía, Diretor
Geral da OIT.
Este novo relatório atualiza as
projeções preliminares publicadas em
outubro passado, onde se indicava que a
crise financeira mundial poderá
acarretar um aumento do desemprego entre
15 e 20 milhões de pessoas, em 2009.
Ao mesmo tempo, o relatório adverte que
o número de trabalhadores pobres –ou
seja, de pessoas que não ganham o
suficiente para manter a si mesmos e às
suas famílias acima do limite de
pobreza, que é de 2 dólares por dia por
pessoa- pode aumentar até chegar a um
total de 1.400 milhões, o que
representaria 45% dos trabalhadores
mundiais.