Em
2006, mais de 3 mil pessoas foram libertados da
condição de escravidão |
O
Ministério do Trabalho e Emprego divulgou em 9 de
janeiro um balanço nacional sobre as ações de combate ao
trabalho escravo em 2006. O balanço aponta que 3.266
pessoas que trabalhavam em regime semelhante à
escravidão foram libertadas por fiscais do ministério,
durante as 101 operações realizadas em 197 fazendas no
país. É considerada condição análoga à escravidão a
situação em que o empregador não paga o salário do
trabalhador e ainda retém a Carteira de Trabalho do
empregado.
Segundo os dados do ministério, estado que no ano
passado apresentou o maior número de trabalhadores nessa
condição foi o Pará, com 1.062 pessoas libertadas. Em
seguida vêm os estados da Bahia e de Tocantins, com 529
e 455 trabalhadores libertados, respectivamente.
Já os estados do Amazonas e do Acre foram os que
registraram menor número de trabalhadores em regime de
escravidão: em cada um deles os fiscais do ministério
libertaram oito pessoas. E em Rondônia não houve
registro de trabalhador nessa condição.
De acordo com o coordenador do Grupo Especial de
Fiscalização Móvel do ministério, responsável por apurar
denúncias de trabalho escravo, caiu em cerca de mil o
número de trabalhadores em regime análogo à escravidão,
de 2005 para 2006. “Quanto maior for a presença do
Estado no sentido repressor, isso deve ter como impacto
um menor cometimento do crime, já que explorar
trabalhadores nessa condição é uma conduta criminosa. Se
há uma repressão maior, o esperado é que se tenha um
menor número de ocorrências", afirmou.
Campos disse também que os fazendeiros ou empregadores
que comprovadamente mantêm trabalhadores em regime
análogo à escravidão podem responder a processo
criminal. Eles são obrigados a pagar os salários
correspondentes ao tempo de trabalho. E os nomes deles
ficam por dois anos no cadastro conhecido como "lista
suja", o que impede esses empregadores de conseguir
linhas de crédito e incentivos fiscais de bancos
públicos e de agências regionais de desenvolvimento.
Fonte: Partido dos Trabalhadores /
Agência Brasil
23 de Janeiro de 2007
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