Brasil

 

OIT estima que 40 mil tenham

trabalho forçado no País

 

 

O trabalho forçado, conhecido como análogo ao de escravo, foi tema de encontro ontem (24) em São Paulo entre empresários e governo para reafirmar o compromisso de combate ao uso desse tipo de mão-de-obra no Brasil.

 

A América Latina ocupa a segunda colocação entre os continentes que mais utilizam trabalho forçado no mundo, com 1,3 milhão de pessoas. O primeiro é a Ásia, com 9,5 milhões de trabalhadores, segundo Roger Plant, coordenador do Programa de Ação Especial Para Combater o Trabalho Forçado da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que se reuniu com o presidente Lula e com presidentes de grandes companhias brasileiras, como a Petrobras e a Vale do Rio Doce.

O maior problema está no agronegócio, com ênfase em lugares remotos na Amazônia, e nos setores siderúrgico e canavieiro.

 

A estimativa de entidades que atuam contra o trabalho forçado é que haja de 25 mil a 40 mil pessoas nessas condições no Brasil. Segundo Plant, esses trabalhadores se concentram no Pará, no Maranhão, no Tocantins, no Piauí e em Mato Grosso. Ontem, fiscais do Ministério do Trabalho retiraram 51 empregados em condições desumanas de sobrevivência e de trabalho da fazenda Mutuca, em Juara (MT).

 

"Temos a impressão que o maior problema está no agronegócio, com ênfase em lugares remotos na Amazônia, e nos setores siderúrgico e canavieiro," diz Plant.

 

A OIT faz campanha para erradicar o trabalho forçado no mundo até 2015.

 

 

 

Publicado na CONTAG*

26 de junho de 2008

* Fonte: Folha de São Paulo

Ilustración:  Tunda Prada | Rel-UITA

 

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