A
violência no campo no Brasil é
seletiva, institucional e organizada, causada pela concentração da terra e
do poder.
Nos últimos 20 anos foram assassinados mais de mil e 400 trabalhadores e
trabalhadoras rurais, lideranças e ativistas ligados aos movimentos sociais.
Aqui no Espírito Santo três lideranças,
Francisco Domingos Ramos, Verino Sossai
e
Valdício Barbosa Dos Santos, foram assassinados em emboscadas e
ninguém foi punido pelos crimes.
Outra forma grave e persistente de violação dos direitos humanos é o
trabalho escravo. No estado do Espírito Santo centenas de trabalhadores e
trabalhadoras rurais são submetidos ao trabalho forçado, normalmente
companheiros e companheiras oriundos de outros estados.
Também no Espírito Santo quilombolas, agricultores familiares e índios são
vítimas da monocultura de eucalipto, promovida pela empresa Aracruz
Celulose.
Das duas mil comunidades quilombolas que existiam no estado com 10 mil
famílias, restaram apenas 35 comunidades, com cerca de mil e 300 famílias.
A reação a esse estado de coisas é a esperança e a luta pela Reforma Agrária
ampla e massiva e, sobretudo, de respeito à vida dos homens, mulheres e
crianças.
A UITA, CONTAG e a FETAES convidam todos e todas para celebrar a vida.