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Guatemala - Honduras

Posição da Federação Europeia de Sindicatos
da Alimentação, Agricultura e Turismo
Não negociar com o regime ditatorial

 

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, recebeu esta semana uma carta de nossos companheiros da Federação Europeia de Sindicatos da Alimentação, Agricultura e Turismo (EFFAT) na qual se exige que nenhuma reunião seja feita entre a União Europeia e Honduras enquanto este país estiver governado pelos golpistas. Na carta, a EFFAT declara também que se soma ao clamor pelo restabelecimento da democracia, do Estado de direito e o respeito aos direitos humanos em Honduras.
 

 

 

 

 

Bruxelas, 17 de agosto de 2009.

 

  

Precisamos de uma postura baseada nos direitos humanos para as negociações entre a UE e Honduras

 

 

A todos os políticos e negociadores da União Europeia:

 

As relações da UE com Honduras e com os países da América Central estão baseadas no Diálogo de San José, com a finalidade de buscar soluções para os conflitos armados na região, através do diálogo e da negociação. Desde então, tornou-se uma plataforma visando fortalecer a cooperação, os vínculos econômicos e a integração regional.

 

Com isso em mente e de acordo com os últimos acontecimentos na região, o golpe de Estado contra o Presidente hondurenho Manuel Zelaya, apelamos às autoridades políticas e aos negociadores a se absterem de qualquer decisão que possa terminar exacerbando estas tensões e violência. Condenamos esta ação e consideramos que manter negociações com dirigentes não legítimos não é a forma de seguir adiante.

 

Não podemos entender que a UE continue negociando com o regime ditatorial em Honduras e não estamos de acordo com isso. Precisamos atuar com uma postura baseada nos direitos humanos e necessitamos considerar o respeito pelas normas democráticas como parte dos critérios de negociação de todo acordo comercial. Portanto, é necessário cancelar todas as reuniões oficiais, as reunões técnicas de trabalho e os contatos bilaterais entre as equipes de negociação das regiões até que se recupere a legitimidade em Honduras.

 

Solicitamos, energicamente, que estas considerações sejam levadas em conta e esperamos sinceramente que a UE empregue todos os meios ao seu alcance para pressionar pelo restabelecimento da democracia, do estado de direito e do respeito pelos direitos humanos em Honduras.

  

 

Harald WIEDENHOFER

Secretário Geral

 

 

 

Rel-UITA

                 21 de agosto de 2009

 

 

 

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