Brasil
CONTRACS
Um
ano sem Germano Quevedo
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Há um ano,
todos nós, deixávamos de conviver com a alegria, a
generosidade e a genialidade de Germano. |
Seu sindicato de origem, os Comerciários do Espírito Santo,
escreveram um belo texto que revela o companheirismo e a
paixão de Germano pela vida:
"Neste 23 de março completou um ano que nosso
companheiro Germano de Quevedo se desligou dessa vida e
partiu para uma nova dimensão, uma outra etapa espiritual,
acreditam uns, ou cósmica, crêem outros.
“Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira”,
Escreveu Mário Quintana, no poema “Ah, os relógios!”
Germano se despediu de todos nós quando ainda era presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e em
Serviços da CUT (Contracs/CUT). Candango, nasceu em Brasília
mas radicou-se no Espírito Santo. Era funcionário da Rede de
Supermercados Êpa/Boapraça. Em 1991, foi eleito presidente
do Sindicomerciários/ES inaugurando o novo sindicalismo
comerciário capixaba.
Um dos primeiros atos de Germano foi a compra da sede
própria da entidade, na Rua Caramuru, centro de Vitória.
Naquele local e sob sua gestão, o Sindicato seria palco do
aprofundamento da discussão sobre a necessidade de
implementar as deliberações aprovadas um ano antes, em 1990,
pelo I Congresso Nacional dos Comerciários da CUT, realizado
em Vitória, e que criaria o Departamento Nacional dos
Comerciários da CUT (DNC-CUT). Criado para unificar
nacionalmente a luta no ramo de atividades nos setores de
comércio e serviços, o DNC-CUT, futura Contracs.
Germano também seria um dos responsáveis, em janeiro de
1993, em Vitória, pelo II Congresso Nacional dos
Trabalhadores do Comércio da CUT (DNC-CUT), que aprovaria
uma alteração significativa da nossa organização, avançando
para o conceito de construção de ramo aglutinando comércio e
serviços e transformando o Departamento em Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços da CUT.
Nascia, assim, a Contracs-CUT.
No ano seguinte, Germano ocupa a secretaria geral do
Sindicato e, no mandato seguinte, secretário de Imprensa. Em
2000 foi para a Secretaria de Formação, quando foi eleito,
há dois anos, presidente da Contracs, com sede em São Paulo.
Por suas mãos fez-se surgir toda a organização dos
trabalhadores comerciários naquilo que se transformaria na
Contracs. Intuitivo, conhecia os meandros da alma
comerciária, a cultura da categoria e os sentimentos desses
trabalhadores.
Casado, 37 anos, deixou três filhos. Como último desejo, foi
cremado e suas cinzas lançadas de um ultraleve sobre os céus
do litoral de Vila Velha. De uma certa forma a cremação
elimina o sentimento pesado da morte. Na medida em que faz
com que nossos entes queridos simplesmente desapareçam, ao
invés de morrer. Se pulverizem como pó e não restem mais
corpo ou lápide ou cemitério. Apenas a lembrança.
Germano hoje é bem assim: apenas uma lembrança. Uma
lembrança forte e presente. Um sindicalista histórico. Um
exemplo na formulação da luta e organização dos
trabalhadores. Um defensor apaixonado das teses de sua
tendência política. Um dirigente indispensável na moderna
organização sindical brasileira."
CONTRACS
22 de
abril de 2005
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