Brasil

 

 

 OIT divulga números

sobre trabalho escravo

 

 

O Brasil foi apontado como exemplo no combate ao trabalho escravo no relatório “Uma Aliança Global contra o Trabalho Escravo”, divulgado na quarta-feira (11) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Brasília e em Genebra. O documento destaca o trabalho de libertação e pagamento de indenizações aos trabalhadores que estavam em condições semelhantes à escravidão e a divulgação da lista suja como importantes instrumentos para coibir a prática no país.

Apesar dos esforços contra o trabalho escravo, o Brasil ainda tem 25 mil trabalhadores nessas condições, em todo o mundo são cerca de 12 milhões de pessoas. A pretensão do governo federal, conforme o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em março de 2003, é acabar com o problema até o final do governo. O secretário de assalariados e assalariadas rurais da CONTAG, Antônio Lucas Filho, avalia que a meta é possível, desde que governo e sociedade trabalhem juntos. Na opinião dele, com a aprovação da PEC do trabalho escravo, que está em discussão na Câmara dos Deputados, o combate a esse tipo de exploração será acelerado. “Diminuir a impunidade é a peça chave para acabar com esse tipo de prática”, avalia.

Os grandes desafios para a erradicação do trabalho escravo, segundo Antônio Lucas, são diminuir as desigualdades sociais e a má distribuição de renda. “Muitas vezes o trabalhador liberto volta a ser escravo por falta de oportunidades de emprego e de sobrevivência”, conta. Ele assegura que a reforma agrária é uma alternativa para evitar a escravização de trabalhadores.


Para Antônio Lucas, o relatório da OIT é um instrumento importante – e de pressão internacional – para acabar com o trabalho escravo no Brasil.


Agência CONTAG de Notícias

 

 

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