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VII Conferência Latino-Americana da Mulher

Com Rosecleia Maria de Castro

Seguimos avançando

no trabalho pela equidade

 

  

A VII Conferência Latino-Americana da Mulher deixou estabelecido um plano de trabalho que será instrumentalizado pelo Comitê Latino-Americano das Mulheres da UITA. O Sirel dialogou com Rosecleia de Castro, que participou do conclave representando a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Paulo (FETIASP).

 

-Qual foi a sua impressão com relação à VII Conferência Latino-Americana da Mulher?

-Foi uma experiência maravilhosa. O melhor de tudo foi que pudemos trazer para o Brasil tudo o que vivemos em Buenos Aires e já o transmitimos para as companheiras no Encontro Estadual de Mulheres da Alimentação, que a FETIASP organizou em São Paulo, no dia 26 de junho, alguns dias depois da Conferência.

 

Neste evento, além do já trabalhado na Conferência de Buenos Aires, também socializamos com as trabalhadoras dos vários sindicatos participantes sobre as resoluções da Conferência Mundial das Mulheres da UITA, que se realizou em março em Genebra, onde a companheira Neuza Barbosa esteve presente.

 

Durante o seminário, debatemos as principais recomendações extraídas tanto da Conferência Mundial como da Conferência Latino-Americana, fazendo especial finca-pé na formação sindical das mulheres trabalhadoras e em promover, através dos sindicatos, a participação da mulher nos diversos níveis de decisão.

 

-Quais são as principais dificuldades que as trabalhadoras expuseram nestas reuniões e como pensam em enfrentá-las?

-Nós, trabalhadoras, enfrentamos vários obstáculos no momento de exercer um papel dentro do sindicalismo.

 

Se por um lado avançamos muito, ainda persistem muitos preconceitos e a maioria sofre a pressão social e da família, além da sobrecarga de tarefas.

 

Isto faz com que o número de mulheres nos postos de direção seja muito pequeno. Porém acredito que não seja um problema do sindicalismo e sim da própria sociedade, por isso é tão importante a formação de um Comitê Latino-Americano das Mulheres da UITA, para coordenar esforços que se encaminhem nessa direção. Também é necessário divulgar a importância das mulheres para o movimento sindical.

 

-Quais os outros assuntos que estiveram na agenda destes encontros?

Os temas da saúde e da segurança no trabalho são as questões que mais preocupam. No próximo dia 31 de julho ocorrerá um seminário coordenado pela Associação em Defesa do Trabalhador no ramo da Alimentação de São Paulo e vítimas de Moléstias Profissionais (ATRA), da qual sou secretária, que busca conscientizar os trabalhadores na prevenção de acidentes e de lesões de trabalho.

 

A ATRA se ocupará em dar acompanhamento a situações que envolvam acidentes de trabalho e doenças profissionais e, para isso, conta com uma equipe de profissionais das áreas da saúde e do direito que estarão oferecendo assessoramento a todos os trabalhadores/as da Alimentação no Estado.

 

-Como você avalia a criação do Comitê Latino-Americano de Mulheres da UITA?

-É fundamental criar novos âmbitos de luta e de trabalho para seguir avançando. Portanto esta iniciativa, assim como tantas outras de nossa Internacional, é muito positiva e tenho certeza que será apenas o pontapé inicial para um trabalho coordenado das mulheres sindicalistas da América Latina, na constante busca pela equidade de direitos.

 

 

 

Em Montevidéu, Amalia Antúnez

Rel-UITA

17 de julho de 2012

 

 

 

 

Foto: Nelson Godoy

 

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