Como sabemos,
desde a segunda metade do século XVIII as grandes transformações ocorridas no
processo produtivo resultaram na Revolução Industrial e trouxeram uma série de
reivindicações. A mulher inserida no mundo da produção, como forma de baratear
os salários foi obrigada a conviver com jornadas de trabalho que chegavam até 17
horas diárias.
Foi no auge das manifestações pela Redução da Jornada de trabalho que 129
tecelãs da Fábrica de
Tecidos Cotton,
em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo
direito de uma jornada de 10 horas. A repressão da polícia fez com que as
operárias se refugiassem nas dependências da fábrica, quando então patrões e
policiais trancaram as portas da fábrica e atearam fogo.
Naquele 08 de março
de 1857 as tecelãs morreram carbonizadas.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na
Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos Clara Zetkin
propôs que o 8 de março fosse declarado como Dia Internacional da Mulher,
homenageando as tecelãs. Em 1911 mais de um milhão de mulheres se manifestaram
na Europa e a partir desse movimento a data começou a ser comemorada no
mundo inteiro.
A
importância da redução da jornada para as mulheres, mesmo depois de passados 151
anos da primeira greve de mulheres norte-americanas, entre outras cláusulas,
está destacada na "Pauta Unificada" a ser protocolada na Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), no próximo dia 07 de março às
10horas, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Ratificando a importância
deste Ato vamos intensificar a coleta de assinaturas para a Campanha Nacional
pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salário.
O
tema designado para 2008 é: "Gênero
e Trabalho Decente"
o qual engloba a questão da Campanha Nacional defendida pelas seis Centrais
Sindicais.
As comemorações no dia 08 de março/2008 serão realizadas especificamente por
categorias.
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