-Quantas pessoas vocês esperam que participem a
nível nacional?
-Estimamos de 20 a 22 mil pessoas.
-Como é visto o papel atual da mulher rural?
-Posso falar concretamente do que ocorre no Rio Grande do Sul, onde
podemos perceber uma mudança muito visível em comparação
ao que ocorria há uns 30 ou 40 anos. Atualmente, as
mulheres participam mais amplamente no sindicalismo,
tanto a nível local como nacional. A trabalhadora rural
conseguiu o seu espaço e reconhecimento, ocupando postos
de relevância dentro do movimento sindical e da
sociedade em geral. Pode-se dizer que no Rio Grande do
Sul as mulheres representam 50% da mão-de-obra na
agricultura.
-A senhora quer deixar uma mensagem para as mulheres
latino-americanas?
-Eu gostaria de agradecer à UITA por este espaço,
pois sabemos que nós trabalhadoras rurais temos em comum
muito mais do que o trabalho. A todas as mulheres, eu
quero dizer que não devemos baixar a cabeça, que nossa
luta é permanente, que nossos espaços estão aí para
serem ocupados, não tirando o lugar de ninguém, mas sim
somando. Por último, queria convocar todos e todas a
participarem da Marcha das Margaridas nos
próximos dias 21 e 22 de agosto.