O Trabalho dignifica, mas também danifica o homem. Quando você tiver
acabado de ler este parágrafo, alguém pode ter sido vítima da
própria atividade profissional.
Segundo dados da Previdência Social, em 2007 foram registrados
653.090 acidentes e doenças do trabalho. Este número, que já é
alarmante, não inclui os trabalhadores autônomos e as empregadas
domésticas.
Ou
seja, em
2007, no Brasil, ocorreu cerca de 1 morte a cada 3 horas, motivada
pelo risco decorrente dos fatores ambientais do trabalho e ainda,
cerca de 75 acidentes e doenças do trabalho reconhecidos a cada 1
hora na jornada diária.
Em 2007, em média 31 trabalhadores/dia não mais retornaram ao
trabalho devido a invalidez ou morte.
Neste instante, pessoas podem estar sendo mutiladas, soterradas ou
levando choques de alta voltagem, caindo de andaimes, sentindo dores
intensas nos braços e ombros ou, literalmente, morrendo de cansaço
num canavial. O aumento da produção do álcool anidro e hidratado tem
gerado fabulosos lucros para os usineiros –alguns deles heróis,
segundo o Presidente da República.
Mas, tem provocado
doenças e mortes entre os trabalhadores.
E a
conta de tudo isso quem paga somos nós! Segundo dados da Previdência
Social, em
2008, o Brasil gastou R$ 46 bilhões com benefícios devido a
acidentes e doenças do trabalho, aposentadorias especiais
decorrentes das condições ambientais do trabalho, além de despesas
operacionais do INSS e na área da saúde e afins.
O
Sindicato da Alimentação de Limeira continuará a defender e cobrar
mais investimentos privados e públicos na saúde e na segurança dos
trabalhadores. Mas, sabemos que existem alguns empresários que
“choram” toda vez que se fala em investir na qualidade de vida
daqueles que realmente geram a riqueza, os trabalhadores. Enquanto
isso, famílias continuam chorando os seus, que durante o trabalhado
morreram.
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