Uma comissão
formada por representantes do Ministério do Trabalho, produtores de cana, usinas
de açúcar e álcool e entidades representativas dos trabalhadores rurais
terminará de elaborar, neste final de ano, projeto de qualificação profissional
de cortadores de cana de todo o estado.
O desemprego desses
trabalhadores, que já começou com a mecanização da colheita da cana, como
previsto há quase 20 anos, tem de ser resolvido agora, a toque de caixa: pelo
menos 170 mil cortadores de todo o estado ficarão sem trabalho diante do
cumprimento do Protocolo Agro-Ambiental, assinado pelas usinas de açúcar e de
álcool e pelo governo do estado, que acabará com as queimadas e conseqüentemente
com o corte manual da cana. O fim da queima da palha da cana para áreas
mecanizáveis foi antecipado para 2014 e em áreas não mecanizáveis, para 2017.
O projeto a ser
implementado será anunciado no mês de fevereiro próximo, segundo informou o
diretor regional da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica),
Sérgio Prado, quando serão detalhadas as medidas que estão sendo estudadas.
Mas já existe um consenso.
"Está sendo montado um projeto de
qualificação dos trabalhadores que será desenvolvido em todas as regiões do
estado, com a participação de toda a sociedade. Além do governo, da
Unica, estão envolvidos segmentos da indústria, como o Senai.
Ribeirão Preto será
um dos pólos do programa a ser aplicado em todas as regiões. E em fevereiro
vamos detalhar quantos programas serão, o tempo de duração e o conteúdo deles. O
objetivo é criar vagas em outras atividades da indústria, na área de
fornecedores do setor e serviços. Se você já tem um empregado no setor, é
preferível que ele seja qualificado para novas funções na mesma empresa", diz
Prado.
Alcimir Carmo
I-Sindical
22 de diciembre de 2008
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