Brasil
Schincariol
"Operação Cevada"
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O presidente da
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e
Cereais (Contac/CUT), Siderlei de Oliveira, diz estar "muito
preocupado" com os desdobramentos da "operação cevada",
articulada pela Polícia Federal e o Ministério Público
Federal, que acabou levando presos 70 diretores e
funcionários da cervejaria Schincariol, no dia 15 de junho.
Na operação, entre os presos estavam cinco proprietários da
Schin, acusados de sonegação fiscal. Estima-se que mais de
R$ 1 bilhão podem ter sido desviados do fisco pela família
Shcin, nos últimos cinco anos.
O MPF pode oferecer ainda denúncia contra os donos da
cervejaria por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, e
corrupção ativa de funcionários públicos.
Siderlei de Oliveira, acredita que a justiça deve fazer com
a Schin o mesmo que fez com a Parmalat. "Os trabalhadores
estão apreensivos e eu acho que a Justiça deveria nomear,
imediatamente, um interventor para que os Sindicatos, a
Federação e a Confederação do setor possam defender os
direitos dos funcionários, sobretudo o emprego", avalia.
Quando a Parmalat pediu concordata, a Justiça nomeou um
interventor, a produção continuou e as negociações
prosseguiram, culminando com fechamento de acordo salarial
na semana passada.
A Schincariol é a segunda maior indústria de cerveja do
País, representa 13% do mercado e possui 7 mil funcionários
(diretos) e 25 mil indiretos.
Sérgio dos Santos
Agência
de Noticias CONTAC
30 de junio de 2005
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