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  Perú

Destaca-se a participação de empresas peruanas na feira de cafés especiais

em Long Beach

 

Junta Nacional del Café

 

O café peruano cultivado em padrões de Comércio Justo (CJ) por produtores organizados em cooperativas, situadas em zonas de pobreza e extrema pobreza de nosso país, lidera as preferências no mercado norte-americano, ao colocar no ano passado 162 mil quintais de café*, equivalentes a 25 % dos 647 mil quintais de café adquiridos em 24 países da África, Ásia e América Latina. Estas vendas significaram 21 milhões e 415 mil dólares.

 

A liderança do Peru neste nicho de mercado existe desde 2004, deslocando o México que durante muitos anos liderou o mercado mundial de CJ. Nossas exportações cresceram 10 vezes nos últimos 5 anos, passando de 15.400 quintais de café em 2002 para 162 mil em 2006.

 

Este tipo de café peruano registrou um preço médio de 132 dólares o quintal, superior em 32% ao preço médio nacional exportado no ano passado, de acordo com o relatório da Transfair USA, associação que promove nos Estados Unidos o comércio solidário de pequenos produtores, dentro de uma estratégia de luta contra a pobreza.

 

“Aumentamos nossas vendas de cafés especiais, entre eles os de CJ, depois de vários anos de persistente trabalho para alcançar um café de alta qualidade. Passamos por muitas dificuldades para alcançar os mais elevados níveis de confiança dos nossos compradores americanos, além de cumprir com os padrões sociais e ambientais”, declarou César Rivas Peña, presidente da Junta Nacional do Café, organização que apresentou um vistoso e concorrido stand na recente 19ª Feira de Cafés Especiais dos Estados Unidos (SCAA).

 

Rivas Peña relatou que a delegação peruana foi composta por mais de 40 produtores e exportadores de café, muitos dos quais pertenciam a 18 cooperativas registradas como produtoras de cafés especiais. “O mercado americano possui uma demanda anual crescente de 15% de cafés especiais, que podemos atender facilmente, por contarmos com facilidades de infra-estrutura para a produção cafeeira”, disse o dirigente do setor cafeeiro.

 

“As cooperativas estabeleceram novos vínculos comerciais, e consolidaram suas relações com clientes antigos. Além disso, geramos expectativa em relação à nossa participação na próxima feira, que ocorrerá em abril de 2008 em Indianápolis”, afirmou Rivas.

 

Expectativas em relação ao novo Ministro

 

O Peru conta com 85 mil hectares certificados de cafés especiais -informou Rivas- com uma produção estimada em 1 milhão e 200 mil quintais de café, dos quais cerca de 900 mil foram vendidos em 2006. Rivas explicou que nesta extensão de terras estão incluídos os 75 mil hectares de café orgânico, cuja certificação a cargo de empresas acreditadas internacionalmente é obrigatória.

 

Afirmou que em 2007 as exportações sofrerão uma retração de 20 % devido à reduzida colheita nas regiões cafeeiras, especialmente em Selva Central, Cuzco, Puno e Amazonas, onde as colheitas provavelmente se encerrarão mais cedo.

 

O presidente da Junta Nacional do Café mencionou que a escassez de recursos financeiros para a reabilitação ou renovação de 70 % do parque cafeeiro impediu que no presente ano a oportunidade de bons preços fosse aproveitada, e a maioria das famílias sofreu angústias econômicas devido à escassa colheita.

 

Comentou que esperava que o novo ministro de Agricultura, o engenheiro Ismael Benavides apoiasse os acordos negociados com o ex-ministro Salazar, de criar um fundo de 20 milhões de soles (6,1 milhões de dólares aproximadamente) para a reabilitação de uns 12 mil hectares de antigas plantações, localizadas em povoados de extrema pobreza.

 

“Esclarecemos que não estamos pedindo que nos dêem estes fundos de presente, mas  que através de créditos canalizados aos produtores empresarialmente organizados, retornem ao setor público para se converterem em um fundo intangível”, comentou Rivas.

 

“Como experimentado banqueiro que é, o engenheiro Benavides sabe que isso serve para quem pode pagar. Nós só queremos a oportunidade do crédito de capitalização e vamos pagar, com o aumento da colheita, tanto o capital como os juros”, acrescentou o dirigente.

 

Exportações de Café de Comércio Justo aos USA

 

PAÍS

VOLUMEN - QQ (46 Kg)

2002

2003

2004

2005

2006

PERÚ

15,400

34,800

77,738

85,085

162,235

MÉXICO

23,190

41,021

56,565

65,003

79,070

NICARAGUA

9,121

21,864

26,095

24,567

72,838

INDONESIA

9,286

22,537

27,984

35,203

62,282

ETIOPÍA

3,679

7,057

12,537

18,177

57,046

OTROS

(20 países)

36,733

65,091

128,805

153,541

214,253

Fuente: TRANS FAIR USA

Elaboración: JUNTA NACIONAL DEL CAFÉ

Junta Nacional del Café (JNC)

6 de junho de 2007

 

* 1 Quintal (QQ): 46 kg

 

 

Junta Nacional del Café - JNC - Perú

 

 

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