A
Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (CONTAC│CUT)
realiza nesta quinta-feira (26), às 9 horas, um ato na Avenida Paulista, em
frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), pela
aprovação da Norma Regulamentadora (NR) do trabalho no setor frigorífico.
“A NR
prioriza três pontos: pausa de dez minutos a cada 50 minutos trabalhados; a
redução do tempo de exposição ao trabalho penoso e a participação dos
trabalhadores na sua implantação e fiscalização”, afirma Siderlei de Oliveira,
presidente da CONTAC.
De acordo
com Siderlei, embora a exportação de carne de frango esteja hoje entre as
principais commodities, com o faturamento econômico crescendo
exponencialmente a cada ano, alavancado por grandes financiamentos
governamentais, a mesma atenção não está sendo dada à saúde dos trabalhadores do
setor. Bem longe disso.
Infelizmente, alerta o presidente da CONTAC, “as doenças profissionais
têm se expandido como uma epidemia pelo setor, uma vez que estão intimamente
ligadas ao ritmo intenso e aos movimentos repetitivos, conforme atestam inúmeros
estudos de universidades, comprovados pelos Ministérios da Previdência e do
Trabalho”.
Em função
da gravidade do problema, destaca Siderlei, “nossa manifestação, tem por
objetivo externar à população a real situação dos trabalhadores nos frigoríficos
brasileiros, hoje um dos setores que, embora sendo um dos maiores empregadores,
causa o maior número de adoecimento e de acidentes de trabalho no país”.
Para
chamar a atenção, a CONTAC, as Federações e os Sindicatos de todo o país
levarão à FIESP bonecos com frangos gigantes carregando trabalhadores
lesionados em cadeiras de roda. Os manifestantes também estarão vestidos de
branco e distribuirão ovos à população.
As
caravanas se concentrarão na frente da CUT, na Rua Caetano Pinto, 575, no
bairro do Brás, de onde os ônibus partirão até a sede da FIESP. Estão
confirmadas delegações de todos os estados que têm presença de indústrias
avícolas, predominando Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de
Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia.
“Comparativamente, o setor emprega 700 mil trabalhadores, enquanto que todo o
setor automobilístico emprega 120 mil. Por exemplo, somente a Brasil Foods
emprega 120 mil. A aprovação da NR é uma questão de justiça”, enfatiza
Siderlei.
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