No dia 13 de maio próximo passado,
em uma assembleia repleta, o
Sindicato Único de Trabalhadores de
La Caballada Salto1
(SUTLCAS) declarou-se em
estado de pré-conflito.
O Sindicato
apresentou, algumas semanas
atrás, um projeto de Convênio Coletivo onde a maioria das cláusulas visava
melhorar as condições de trabalho que, de acordo com os trabalhadores, são
"desumanas". As principais reivindicações do Sindicato são: melhores condições
de trabalho, medidas de segurança, falta de pessoal, descumprimento do princípio
de "salário igual para trabalho igual".
Em
resposta, a organização sindical recebeu a negativa da direção da empresa de
entabular qualquer tipo de negociação. Isto levou o Sindicato a promover duas
reuniões de mediação nas sedes locais do Ministério do Trabalho e da Previdência
Social (MTSS), o que também não produziu qualquer resultado, pois a
empresa afirmou que "os números não dão" para atender à solicitação apresentada
no projeto de Convênio Coletivo.
Devido a
esta situação, foi convocada uma assembleia com a finalidade de decidir as
medidas a serem tomadas. Horas antes, a empresa -certamente ciente da
insatisfação e irritação do pessoal pela falta de diálogo e por desconhecer a
organização sindical- comunicou à organização sindical que estava disposta a
negociar. Diante desta declaração, a assembleia se declarou em pré-conflito à
espera de uma nova reunião com o MTSS na manhã de 19 de maio, desta vez,
em Montevidéu.
Estiveram presentes à assembleia uma delegação do
Sindicato do Frigorífico San José,
pertencente
ao mesmo grupo, bem como uma delegação da Federação dos Trabalhadores da
Indústria de Carnes e Derivados (FOICA) e da
Rel-UITA. As
filiadas da UITA
no Brasil,
com trabalhadores pertencentes ao Grupo
Marfrig, estão enviando cartas de
protesto aos representantes da empresa no
Uruguai e cartas de solidariedade
ao SUTLCAS.
|