O
Especialista Regional em Educação Operária do Escritório da OIT para a América
Latina e o Caribe, Eduardo Rodríguez Calderón, participou da Conferência sobre
“Cadeias Espanholas de Hotéis na América Latina e as Liberdades Sindicais”, na
qual expôs sobre o conceito de “trabalho decente” e suas implicações sociais,
econômicas e políticas. Em diálogo com Sirel destacou o que, em sua opinião,
foram os pontos mais importantes deste encontro.
“Do
ponto de vista da OIT esta Conferência é um marco, já que o setor aqui
representado tem vários problemas vinculados ao trabalho decente e conclui com
um programa conjunto de trabalho, com maior unidade, com tarefas que cada
sindicato leva de volta”, afirmou Rodríguez Calderón.
“O mais importante
é que isto ocorrerá de maneira coordenada através da Secretaria Regional da
UITA e do Grupo HRCT -acrescentou. Ficou estabelecido, por exemplo,
que uma das primeiras gestões consistirá em tomar contacto com os cabeças destas
transnacionais da hotelaria e do turismo, com a intenção de alcançar acordos que
sejam um marco na hora de estabelecer claramente, entre os atores, qual a
responsabilidade de cada um com respeito aos direitos sindicais dos
trabalhadores”.
“Além disso
-continuou o especialista da OIT-, aqui foi realizada a relação entre a
atividade do setor e o desenvolvimento sustentável, a mudança climática e o meio
ambiente em geral, de onde surgiram desafios e compromissos para os
trabalhadores e trabalhadoras”.
“Fica claro também
que as organizações de trabalhadores devem pôr em jogo toda a sua experiência
para chegar a uma maior taxa de sindicalização. O relatório apresentado pela
Rel-UITA demonstra que há um avanço neste ponto, mas também que ainda falta
muito, inclusive em alguns países não há nenhum sindicato neste setor. A
primeira missão será, então, mudar esta realidade, e onde elas já existem, a
tarefa será ampliar as condições de trabalho que eles obtiveram para os
trabalhadores terceirizados e conseguir a sua filiação para passar a ser real
aquele princípio de que por igual trabalho, igual remuneração, sobretudo porque,
freqüentemente, as mesmas companhias são as donas das empresas subcontratadas ou
as financiam de forma encoberta”, concluiu.
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