Estudos recentes
revelam que o aumento da temperatura nos oceanos, sua contaminação e a
super-exploração estão dizimando a vida marinha. De acordo com um relatório
apresentado por um grupo de pesquisadores na Conferência Global dos Oceanos,
Costas e Ilhas, celebrada em Hanoi, Vietnã, de 7 a 11 de abril deste ano, após
analisar 64 ecossistemas marinhos em todo o mundo, a conclusão é que 75 % dos
bancos de pesca desapareceram.
Este estudo se
soma ao apresentado em 2006 por uma equipe internacional de biólogos e publicado
na revista Science, informando que a perda de biodiversidade nos oceanos
estava afetando gravemente a sua capacidade de produzir alimentos, resistir a
doenças, filtrar agentes contaminantes e se recuperar do impacto da pressão
pesqueira e da mudança climática.
A pesquisa previa o desaparecimento
das espécies no comércio de pesca em 2048.
Consultado por
Sirel, Mario Morato, secretário-adjunto do Sindicato de Operários
Marítimos Unidos (SOMU) da Argentina, afirmou que “O
recurso está ameaçado pela pesca excessiva, a supercapitalização, que supera em
muito a capacidade de nossos mares. Na Argentina, já
há 20 anos que existem estudos
demonstrando que a biomassa está em declive, e nos últimos anos essa biomassa é
sustentada pelos peixes juvenis. Isto significa que em qualquer momento a
espécie pode desaparecer e, além disso, põe em risco uns 15 mil empregos diretos
e cerca de 50 mil indiretos em nosso país”,
sentenciou.
De acordo com a
teoria da evolução, a vida neste planeta foi gerada no mar há vários milhões de
anos. Só que agora está claro que tanto o mar como a própria vida não estão
conseguindo se sobrepor ao modelo de produção e de consumo capitalista, que só
tem poucos anos em cena mas que já foram suficientes para demonstrar que não há
mundo que agüente a sua voracidade.
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