O “Primeiro de maio” é comemorado em quase todos os
países, menos nos Estados Unidos, onde foi
gerado o fato para esta data através dos
trabalhadores mortos em Chicago. No dia 1º de maio
de 1886, milhares de trabalhadores foram às ruas
reivindicar melhores condições de trabalho, entre
elas, a redução da jornada de trabalho de treze para
oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos
Estados Unidos uma grande greve geral dos
trabalhadores. No dia 3 de
maio houve um pequeno levantamento que acabou com
uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns
protestantes.
Ao quarto dia de manifestações explodiu uma bomba
entre a multidão matando dezenas de trabalhadores e
alguns polícias. Deste incidente resultou a prisão
de oito líderes do movimento. Quatro foram
condenados à morte por enforcamento e os restantes a
prisão perpétua.
Hoje no Brasil do mundo moderno, estamos
voltando novamente ao ano de 1886 justamente por
continuarmos na mesmo luta que é a redução da
jornada de trabalho.
No mundo de hoje, com alta tecnologia, a necessidade
da redução de trabalho é tanto ou maior que as
necessidades daquela época, pois comprovadamente as
situações das fábricas atuais são muito piores que
as antigas. O ritmo de trabalho implantado hoje é 50
vezes maior que o ritmo existente em 1886 ano, em
que foram enforcados os mártires. Este ritmo de
trabalho de hoje, a cada dia vem causando centenas
de mártires, que morrem pelas largas jornadas e
ritmo insuportável de trabalho dentro das fábricas.
A luta pela redução da jornada de trabalho é tão
necessária quanta aquela desencadeada pelos
trabalhadores em 1886.
CONTAC
2 de maio de 2008