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37 Reunião do Comitê Executivo Latino-Americano da UITA

Com Carlos Payares González
Quando uma vida
vale menos que uma banana

  

O próximo dia 6 de dezembro marca os 82 anos do genocídio de 1928 em Ciénaga, Colômbia, cometido pela United Fruit Company, hoje Chiquita Brands, relatado de forma magistral no livro "Masacre en las Bananeras", do sociólogo e escritor Carlos Payares González. Rel-UITA e várias organizações sindicais assinaram um acordo para sua reedição e divulgação. Sirel dialogou com o autor.
 


A Central Unitária de Trabalhadores (CUT), da Colômbia; a União Nacional Agroalimentar da Colômbia (UNAC); a União Argentina dos Trabalhadores Rurais e Estivadores (UATRE); o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Agropecuária (SINTRAINAGRO) e a Rel- UITA assinaram um Protocolo de Acordo para reeditar essa obra, já atualizada, e dar a ela a máxima divulgação nacional e internacional.
 
-Como nasceu o livro?
-Em 2008 sentimos a necessidade de comemorar os 80 anos da greve e do massacre dos trabalhadores pela United Fruit Company, no departamento de Magdalena, na Colômbia.
 
O livro não conta apenas os fatos, mas também reconstroi o ambiente da época, recupera as biografias dos diferentes atores sociais, com um conteúdo dinâmico que abrange os aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais.
 
-
Uma obra para não nos deixar esquecer...

-Para resgatar a memória histórica dos trabalhadores bananeiros e a memória social e coletiva, isto é, o papel transcendental dos setores populares, que às vezes é apagado da historiografia oficial. A intenção é servir como um "despertador" para aqueles que não conhecem esses fatos ou já os esqueceram.

Hoy son los Estados los que, a través de normativas que hace 80 años no existían, permiten que las grandes transnacionales hagan lo mismo que hizo la United Fruit Company, pero de forma “legal”.

 
-Para também não esquecer o que foi a United Fruit Company na América Latina, e o que as transnacionais continuam sendo hoje ...
-O que a United Fruit Company, hoje Chiquita Brands, fez em todo o continente latino-americano é o que, de alguma forma, continuam fazendo as transnacionais, embora de maneira mais sutil e camuflada.
 
Hoje são os Estados que, através de normativas que não existiam 80 anos atrás, permitem que as grandes transnacionais façam o mesmo que fez a United Fruit Company, mas de forma "legal".
 
A história da United Fruit Company é a do início da fase neocolonial ou de enclave no continente. É a história da truculência na economia e na política, o poder despótico, a manipulação dos Estados. E é a história de como a democracia era um obstáculo aos interesses do grande capital financeiro norte-americano.
 
O capitalismo não mudou em sua essência, como não mudaram as demandas dos setores que lutam por uma vida digna. As transmutações destas empresas são apenas no nome, mas no fundo são os mesmos interesses que levam à mesma violência, à mesma repressão, à mesma represália contra os trabalhadores e trabalhadoras. A história da United Fruit Company é parte da história da América Latina.
 
-A Rel-UITA e outras organizações sindicais decidiram reeditar e divulgar o livro internacionalmente. Qual é a importância desta decisão?
-Foi uma surpresa, e é uma honra para mim que organizações comprometidas com os povos tenham reconhecido este esforço para resgatar a memória histórica e social de um acontecimento que marcou a história de todos os latino-americanos.

 

                                                     

Em Bogotá, Giorgio Trucchi

Rel-UITA

9 de novembro de 2010

 

 

 

 

 Fotos: Gerardo Iglesias

 

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