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37ª Reunião do Comitê Executivo Latino-Americano da UITA

Com Gerónimo Venegas, de UATRE

“Os trabalhadores agrícolas
não podem ser a última raspa

 do tacho”

  

Gerónimo Venegas, dirigente da União Argentina de Trabalhadores Rurais e Estivadores (UATRE), assumiu neste mês o importante cargo de Presidente do Grupo Profissional dos Trabalhadores Agrícolas da UITA. Sirel conversou com ele para conhecer quais serão os pilares mais importantes do trabalho que pretende desenvolver no futuro.


-Quando você soube que assumiria este importante cargo na UITA?
-Foi durante a reunião do Comitê Administrativo da UITA, em Estocolmo, Suécia, no final de outubro. O secretário-geral da UITA, Ron Oswald, me informou da decisão.
 
-Você está pronto para esta nova tarefa?
-Sou um dirigente sindical que trabalha muitas horas na Argentina. Quando assumi a direção da UATRE havia 15 mil trabalhadores filiados e agora temos 800 mil.
 
Crescemos em tudo. Agora, eu gostaria de transferir para este novo nível internacional os sonhos que algum dia eu tive para o meu sindicato, e torná-los uma realidade para todos os trabalhadores e trabalhadoras agrícolas no mundo.
 
-Quais serão os eixos principais de seu trabalho?
-Um dos problemas que temos que considerar é a fraqueza dos líderes sindicais. Devemos promover uma forte capacitação destes dirigentes e ampliar a filiação mundialmente.

Agora, eu gostaria de transferir para este novo nível internacional os sonhos que algum dia eu tive para o meu sindicato, e torná-los uma realidade para todos os trabalhadores e trabalhadoras agrícolas no mundo.

 
Na próxima reunião do Comitê Executivo Mundial de Agricultura vou levantar estas questões, porque o fortalecimento dos dirigentes sindicais é fundamental para resolver os problemas dos nossos trabalhadores e trabalhadoras.
 
Muitos deles têm iniciativa, vontade de fazer as coisas, mas temos que dar-lhes a capacidade de poder defender os direitos dos nossos trabalhadores e trabalhadoras. E esta é também a melhor forma de produzir dirigentes para o futuro.
 
-Que outros temas você pretende abordar?
-Na Argentina, criamos um Cadastro Nacional de Trabalhadores e Empregadores Rurais, sendo esta uma ferramenta muito importante que poderíamos transferir para outros países.
 
Nesse sentido, é necessário que a UITA não desperdice a oportunidade que tem de se relacionar com os governos.

 
Aqui na Colômbia, por exemplo, o vice-presidente da República, Angelino Garzón, pediu à UITA que o acompanhasse nos seus projetos relacionados com a promoção do Trabalho Decente na agricultura, e acredito que temos de aproveitar esta oportunidade.
 
-Quais são as questões mais sensíveis no setor agrícola?
-O mais sensível é a situação dos trabalhadores. Estão muito desprotegidos e são os mais humildes da terra.

O mais comum na agricultura é que os trabalhadores não sejam sindicalizados, não tenham condições de trabalho nem salários dignos. Em muitos casos, há situações de quase escravidão.

 
O mais comum na agricultura é que os trabalhadores não sejam sindicalizados, não tenham condições de trabalho nem salários dignos. Em muitos casos, há situações de quase escravidão.

Temos que mudar essa história, porque em um mundo onde tudo progride, onde prevalece a tecnologia, os trabalhadores agrícolas não podem continuar sendo a última raspa do tacho.

 
-O que você acha da questão da Soberania e Segurança Alimentar (SSA)?
-São os governos que devem promover políticas de Estado para garantir um desenvolvimento permanente em tudo o que tem que ver com a SSA. Cada nação deve alimentar seu povo, não pode depender dos outros e é preciso também cuidar dos recursos naturais, como o solo e a água, porque devemos nos alimentar hoje e amanhã também.
 
-Como você avalia o trabalho desenvolvido nesta 37ª Reunião do CEL da UITA?
-Foi um Comitê Executivo espetacular. Foi feito um trabalho enorme do qual se pode destacar o esforço, o compromisso, o nível de organização e a disciplina dos diretores do CEL, em particular do secretário regional, Gerardo Iglesias, e do presidente do CEL, Argentino Geneiro.
 
-Quais, para você, são os principais desafios da UITA?
-São muitos, mas um dos mais importantes é que a UITA se insira politicamente. Não há solução, nem sindical nem social, se não houver solução política. A política constroi ou destroi. Nós temos que construir.
 

Em Bogotá, Giorgio Trucchi

Rel-UITA

15 de novembro de 2010

 

 

 

 

 Fotos: Rel-UITA

 

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