Brasil

Ajinomoto não quer um sindicato, então repete o prato

 

Na manhã de hoje, sexta-feira 23, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Limeiria, São Paulo, junto com representantes de mais de 20 sindicatos da região, da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo (FETIASP) e da UITA, realizou uma assembleia na porta da fábrica da Ajinomoto desta região que emprega 1.100 trabalhadores e trabalhadoras.

 

A empresa tem se caracterizado por manter relações ásperas com o sindicato e, nos últimos cinco anos, não tem avançado em nenhuma das exigências essenciais da organização sindical. Recentemente, inclusive, montou um sistema de segurança e controle humilhante para os trabalhadores na entrada e na saída da fábrica.

 

Quando os gerentes da fábrica ficaram sabendo da assembleia, fizeram entrar, por um portão lateral, vários ônibus para transporte dos trabalhadores. Mesmo assim, a atividade foi realizada com 70 por cento do pessoal que aprovou a reivindicação de 40 horas, sem diminuição de salário, e que será apresentada à empresa para o início de uma negociação.

 

Artur Bueno de Camargo, presidente do STIA de Limeira e da Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação (CNTA) e Neuza Barbosa, secretária do Departamento Mulher da CNTA, assim como outros dirigentes ali presentes, afirmaram que o Sindicato dos Trabalhadores da Ajinomoto continuará recebendo toda a solidariedade do setor organizado.

 

Finalmente, após duas horas, durante as quais -apesar da presença ameaçadora da Polícia- o pessoal se manteve nas portas da fábrica, a assembléia terminou com uma salva de palmas

 

 

 

 

Em Limeira, Carlos Amorín

Rel-UITA

27 de outubro de 2009

 

 

 

Fotos: Carlos Amorín

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