Brasil

Canavieiros da Usina Santa Cândida paralisam atividades

no corte da cana

 

10 turmas de rurais estão paradas na fazenda Bela Vista, proximidades da Usina em Bocaina. Trabalhadores acusam a empresa de assédio moral e desrespeito à legislação trabalhista e a Convenção Coletiva.

 

Cerca de 500 assalariados rurais, empregados da Usina Santa Cândida, paralisaram nesta manhã de quinta-feira as atividades no corte de cana das fazendas da empresa. O motivo da paralisação, conforme relato dos trabalhadores, é protestar contra as péssimas condições de trabalho e –o mais grave– a forma como os encarregados tratam os trabalhadores, com constantes e sistemáticas ameaças de retaliações e até suspensões (ganchos) imotivadas, procedimentos que caracterizam o assédio moral.

 

“Ninguém pode ficar doente porque a empresa não aceita o atestado médico”, desabafou um dos trabalhadores, indignado com a situação e clamando por seus direitos não apenas de trabalhador, mas, “de ser humano, porque a usina trata a gente como escravos ou animais”, protestou.

 

Além de não respeitar os trabalhadores com urbanidade, a empresa não cumpre com a Convenção Coletiva da categoria, especialmente em relação aos salários, pois,  segundo os trabalhadores, o que recebem “está abaixo do que foi estabelecido”.  Os rurais recebem a atenção do Sindicato de Empregados Rurais e da Federação dos Empregados Rurais Assalariados no Estado de São Paulo (FERAESP).

 

A Usina Santa Cândida, conforme informações dos dirigentes sindicais no local, acionou a polícia com o objetivo de intimidar e dispersar a ação dos trabalhadores. As providências para a garantia do direito, constitucional, de greve já é alvo da ação sindical e jurídica, em especial por conta do provável desrespeito à norma coletiva e às leis do trabalho.

 

Além dos dirigentes e as entidades sindicais, foram acionados o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério Público do Trabalho.

 


 

Alcimir Carmo

Rel-UITA - FERAESP

28 de agosto de 2009

 

 

 


 

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