Brasil 

Centrais sindicais e governo definem calendário para discutir reajuste do salário mínimo

 

As centrais sindicais se reuniram nesta quinta-feira com cinco ministros do governo para discutir o reajuste do salário mínimo para 2007

 

O encontro ocorreu no Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo a Coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e vice-presidente da CUT, Carmem Helena Foro, a audiência serviu para entregar a pauta de reivindicações e construir um calendário político de debate. "Entendemos que o crescimento econômico só é justo com a distribuição de renda. E uma das formas é garantindo a valorização dos salários dos trabalhadores e trabalhadoras".

 

No encontro de hoje foi acertada outra reunião na próxima quinta-feira, dia 14, para continuar as discussões. Segundo Carmem, o governo alegou que para aumentar o salário é preciso pensar nas outras áreas. Uma delas é a previdência social. "O calendário de reuniões vai permitir até onde vamos avançar nessa questão".

 

O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, informou que, para cada R$ 1,00 de reajuste no valor do salário mínimo, há um impacto na Previdência Social de R$ 200 milhões por ano. Segundo Machado, o governo analisa as possibilidades orçamentárias para definir o reajuste do salário.

As centrais, incluindo a Contag, querem a elevação do valor atual de R$ 350 para 420 em 2007.

 

Além de Machado, participaram da reunião, representando o governo, os ministros do Trabalho, Luiz Marinho; da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Paulo Bernardo e o secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci. Pelas centrais sindicais, além da CUT, estiveram também a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e Central Autônoma de Trabalhadores (CAT)

 

Congresso - Antes da reunião com os ministros, os sindicalistas se encontraram com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, para pedir que o Congresso participe das negociações, sobre o valor do salário mínimo. O mesmo pedido também foi feito na quarta-feira ao presidente do Senado, Renan Calheiros.

 

A mobilização das centrais sindicais começou ontem quando foi realizada na Esplanada dos Ministérios em Brasília, a III Marcha do Salário Mínimo. Dez 10 mil pessoas compareçam ao ato público, entre eles mil trabalhadores e trabalhadoras rurais ligados à Contag.

 

Dimas Ximenes

Agência Contag de Notícias

12 de dezembro de 2006

 

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