Brasil

 

Com Geraldo Gonçálves Pires

Parmalat e sua proposta Indecente

 

Enquanto se aguarda uma segunda rodada de negociações, Sirel dialogou com Geraldo Gonçálves Pires, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Lácteos, Açúcar e Café de São Paulo, e representante da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos de São Paulo na referida negociação

 

 

-Em que fase está a negociação com a companhia?

-No dia 21 de maio, na primeira rodada de negociações, a Parmalat fez uma proposta indecente com relação ao reajuste salarial. Propôs 2,5 % de aumento que sequer alcança a inflação do período que foi de 3,44 %. Por sua vez, o movimento sindical pede um piso de 500 reais (uns 170 dólares) mais a soma do INPC* e o PIB** do período (7% aproximadamente).

Voltaremos à mesa de negociações no próximo dia 1º de junho, enquanto isso, a Comissão Nacional de Trabalhadores da Parmalat se reunirá no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos de Jundiaí, e nesse dia iremos paralisar a unidade de Jundiaí, que é a maior do Brasil, com a intenção de incidir na proposta que a patronal fará.

 

-Que outras reivindicações os trabalhadores fazem?

-Estamos pedindo, além disso, o fim das terceirizações, principalmente desde que a empresa terceirizou o setor de vendas. Despediram 400 trabalhadores ativos e contrataram 300 terceirizados. Outras reivindicações são: a participação na relação lucro-resultado e que a empresa apresente um programa de metas a ser discutido em conjunto com os trabalhadores.

 

-Quais são as suas expectativas diante desta negociação nacional?

-Espero um bom acordo para os trabalhadores e trabalhadoras da Parmalat porque, se não for assim, quero que os companheiros tenham a certeza de que poderemos paralisar todas as unidades da companhia no Brasil.

Em Montevidéu, Amalia Antúnez

© Rel-UITA

29 de maio de 2007

 

 

 

*   Índice Nacional de Preços  ao Consumidor

** Produto Interno Bruto

 

 

 

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