Argentina

Com Héctor Morcillo

Difícil negociação para os
sindicatos de ARCOR

 

No marco da conciliação obrigatória do conflito dos trabalhadores do Grupo ARCOR na Argentina, o Sirel conversou com Héctor Morcillo, secretário adjunto da Federação de Trabalhadores da Indústria da Alimentação (FTIA)

 

 

-Como e por que começou o conflito na ARCOR?

-O conflito começou devido ao nosso pedido de aumento salarial de emergência de 450 pesos mensais (143 dólares aproximadamente) para o período de janeiro a abril, quando serão iniciadas as reuniões paritárias nacionais. A oferta da empresa não chegava a cobrir uma mínima porcentagem do que solicitamos e isso levou a que começássemos a nos mobilizar, realizando assembléias de duas horas por turno nas fábricas do Grupo ARCOR de todo o país.

 

-Em quantas fábricas essas medidas foram levadas a cabo?

-As medidas envolveram doze filiais dos sindicatos da alimentação e 19 fábricas, o que significa umas 8.000 pessoas e representa 100 por cento de acatamento em todo o país. Diante da intransigência dos diretores da ARCOR, que não fizeram nenhuma proposta razoável, e considerando os altos níveis de produtividade e rentabilidade alcançados, os companheiros começaram a estender para quatro horas o tempo das assembléias que se realizam sempre no local de trabalho. Isto levou a que a empresa denunciasse que estava à beira do desabastecimento de seus centros de distribuição. Diante do agravamento da situação, na quinta-feira passada, a empresa solicitou a intervenção do Ministério do Trabalho que determinou a conciliação obrigatória, que não acatamos, porque se pretendia que negociássemos com a Câmara Empresarial e não com a ARCOR. Na terça-feira passada, o Ministério determinou uma nova conciliação que, esta sim, atendemos porque é específica para o Grupo ARCOR. Hoje, sexta-feira, teremos uma nova reunião no Ministério para continuar a negociação.

 

-Como você crê que será esta nova etapa?

-Vai ser una negociação dura, considerando que o Grupo ARCOR está reticente em oferecer a recomposição salarial que solicitamos.

 

-Que medidas vocês tomarão se não for alcançado um acordo?

-Estaremos atentos e retomaremos as assembléias de duas ou quatro horas por turno, o que significa a paralisação total das linhas de produção durante esse tempo.

 

Em Montevidéu, Amalia Antúnez

Rel-UITA

1 de fevereiro de 2008

 

 

 

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