Dentro de um contexto de negociação nacional, os
trabalhadores e trabalhadoras da Parmalat organizam
uma manifestação para o dia 1º de junho próximo, que
reunirá diferentes organizações sindicais de todo o
Brasil
Sirel
dialogou com Neuza Barbosa de Lima,
integrante do Comitê Executivo Mundial da UITA
e Secretária de Educação da Federação dos
Trabalhadores da Indústria da Alimentação do Estado
de São Paulo (FTIA-SP), que ressaltou a
importância da unidade do movimento sindical para se
chegar a um resultado positivo para os trabalhadores
e trabalhadoras da Parmalat nesta negociação.
-Qual é a sua percepção sobre esta negociação
nacional com a Parmalat?
-Internamente, no dia 21 de maio passado, ocorreu a
primeira rodada de negociações coordenada pelo
companheiro Siderlei de Oliveira*, onde não
houve avanços, já que o proposto pela empresa é uma
pequena parte do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor, que não representa nada para os
trabalhadores.
Por outro lado, como se trata da Parmalat,
acredito que não somente no Brasil como
também em todo o mundo, em vez de a situação se
solucionar está se agravando. Em nosso caso, a saída
do negociador anterior e a chegada deste novo dono,
Marcus Elías, significaram um retrocesso para
os trabalhadores, pois este senhor não respeita os
dirigentes sindicais e está dificultando as
negociações. Terá que ser adotada
uma postura muito forte por parte das
organizações sindicais para superar estas
dificuldades.
-Como os trabalhadores estão enfrentando esta
situação?
-Baseados nisto, os trabalhadores e trabalhadoras
estão organizando uma mobilização para o dia 1º de
junho na fábrica de Jundiaí, onde estarão todos os
companheiros que trabalham na Parmalat e de
outras organizações sindicais como forma de, na mesa
de negociações, pressionar no sentido de um avanço
em favor de nossas reivindicações.
Gerardo Iglesias y Amalia
Antúnez
© Rel-UITA
28 de maio de 2007 |
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* Siderlei de Oliveira, presidente
da CONTAC